Há 55 anos, em 31 de março de 1964 eclodia um movimento civil e militar que interrompia a intenção dos comunistas instaurarem no Brasil uma ditadura de proletariado, assim como um banho de sangue. Assumiu o governo Federal o Deputado Raniere Mazzili, assistindo eleições indiretas elegendo o Marechal Humberto Castelo Branco, talvez o melhor presidente que o Brasil já teve. Na transição desse governo, contrariando o planejado, tal movimento mudou de rumos, se tornou uma ditadura militar tempos difíceis, inimagináveis para quem não esteve ali. Aqui darei o peso certo a essa história. Graças à corajosa intervenção das Forças Armadas, notadamente do Exército, aniquilamos a possibilidade de um território controlado por terroristas, já na economia o Brasil transformou-se num país industrializado, consolidou sua indústria petroleira e desenvolveu a petroquímica, bem como a siderurgia e a fabricação de maquinaria pesada. A engenharia deu um grande salto com as obras públicas que pipocaram. Efetivou-se um fantástico desenvolvimento das telecomunicações e uma ampla política de abertura de estradas. O regime militar tinha um propósito, em que pese o terrível viés autoritário evidentemente criticável. Foi uma correção de rumo na desastrada ladeira do populismo de João Goulart. Nesse período imprimimos novas diretrizes e estratégias globais. Depois da esperada abertura democrática, as universidades públicas controladas pela esquerda raivosa, fizeram da memória de 1964, um ato indiscriminado de repúdio aos militares e às diretrizes por eles traçadas. A grande falha de 1964, no viés autoritário do regime militar, decorre do fato de que eles não estavam habilitados para a chefia do Estado, toda vez que são preparados para defender com coragem e eficiência os interesses soberanos da Nação, à luz da ética de convicção cética. Falta aos homens de armas a sensibilidade para calcular as decisões tomadas e suas conseqüências a comunidade. Ora, a política é o reino do dissenso, em decorrência da nossa natureza racional essencialmente dialética, condição já apontada por Aristóteles (384-322 a. C). Hoje, 34 anos do término disso tudo, carecemos de um projeto de país que sessenta milhões de brasileiros atribuíram a Jair Messias Bolsonaro. Deve governar com foco, planejamento e determinação, ter rumos. Passados 90 dias da posse assistimos um desgoverno atrapalhado, desarticulado, amador. Jair Bolsonaro precisa governar, inda tem sobre vida no poder com viés de baixa. Não podemos promover o impeachment de mais um presidente, mas se precisar não hesitaremos.