No mercado mundial, o Brasil é o maior exportador de café. Ocupa a segunda posição entre os países consumidores da bebida.
O Brasil responde por um terço da produção mundial de café, o que o coloca como maior produtor mundial, posição que detém há mais de cento e cinquenta anos.
Conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cafeicultura brasileira é uma das mais exigentes do mundo em relação a questões sociais e ambientais, havendo uma preocupação em garantir a produção de um café sustentável. A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais. São leis que respeitam a biodiversidade e todas as pessoas envolvidas na cafeicultura e pune rigorosamente qualquer tipo de trabalho escravo e/ou infantil nas lavouras. As leis brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.
Os produtores brasileiros preservam florestas e fauna nativa, controlam a erosão e protegem as fontes de água. A busca do equilíbrio ambiental entre flora, fauna e o café é uma constante e assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo.
Atualmente, o café é fonte imprescindível de receita para centenas de municípios, além de ser o principal gerador de postos de trabalho na agropecuária nacional. Os expressivos desempenhos da exportação e do consumo interno de café implicam a sustentabilidade econômica do produtor e de sua atividade
Nosso país deve chegar ao primeiro posto de nação consumidora de café nos próximos anos, superando os Estados Unidos da América. A Associação Brasileira da Indústria do Café – ABIC – informa que, no Brasil, o consumo per capita em 2001 era de 4,9 quilos por habitante; em 2012, esse número aumentou para 6,4 quilos por pessoa. Tal número representa um consumo de 20 milhões de sacas, o que nos deixa apenas a dois milhões de sacas dos Estados Unidos, que consome 22 milhões de sacas.
Pelo levantamento da safra do café, de setembro de 2012, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB, o parque cafeeiro do Brasil é de, aproximadamente, 2,1 milhões de hectares. Quando consideramos que cada hectare cria, em média, dois empregos diretos e dois, indiretos, constatamos que a cadeia produtiva do café gera mais de oito milhões de empregos diretos e indiretos em nosso país.
No tocante à produção, o levantamento feito pela CONAB, para o mesmo mês de setembro deste ano, mostra que, do total de 50.483.000 sacas de café beneficiadas no país, considerados os tipos arábica e robusta, o Estado de Minas Gerais é o maior produtor, com 26.643.000 sacas; em segundo lugar, vem o Estado do Espírito Santo, com 12.502.000 sacas; em terceiro, o Estado de São Paulo, com 5.214.000 sacas; em quarto, o Estado da Bahia, com 2.165.000; em quinto, o Estado do Paraná, com 1.600.000 sacas; e, em sexto lugar, o Estado de Rondônia, com 1.421.000 sacas de café. Produzem, ainda, com volume considerável, os Estados do Rio de Janeiro, de Goiás, do Mato Grosso e do Pará.
Quando o tema é produtividade, vista essa em sacas por hectare, o destaque é para o Estado de Goiás, com 39,5; no segundo posto está o Estado de São Paulo, com 29,77 sacas por hectare; em terceiro, o Estado do Espírito Santo, com 27,77; em quarto, o Estado de Minas Gerais, com 25,87; e, em quinto lugar, o Estado do Paraná, com 23,48 sacas por hectare.
Não é por acaso que o Brasil é o maior produtor mundial de café. Essa sequência de vitórias é o resultado de uma ação coordenada, que tem base quase 300 mil produtores de café, trabalhando em sintonia com centenas de pesquisadores, técnicos e extensionistas, espalhados pelas principais regiões produtoras do país. Esse esforço foi potencializado com a criação, há 15 anos, do Consórcio Pesquisa Café, programa de pesquisa coordenado pela Embrapa Café, unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA –, que é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O Consórcio Pesquisa Café foi criado por iniciativa de dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG, Instituto Agronômico de Campinas – IAC, Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural – INCAPER, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro – PESAGRO-RIO, Universidade Federal de Lavras – UFLA e Universidade Federal de Viçosa – UFV.
O lema do Consórcio Pesquisa Café, que reúne hoje 50 instituições, é a inovação. Ao longo desses quinze anos de existência do Consórcio, foram criados cerca de mil projetos geradores de conhecimentos básicos, de produtos, de processos e de tecnologias para emprego direto pelos cafeicultores. Essa expertise tem melhorado a qualidade e dobrou a produção de café no país, sem que fosse necessário qualquer aumento da área cultivada.
As tecnologias geradas têm por foco o melhoramento de plantas e a biotecnologia para a obtenção de cultivos adaptados às diferentes condições climáticas, às técnicas de plantio, à condução da lavoura, à nutrição mineral das plantas, à colheita, à pós-colheita e ao manejo sustentável.
O gerente-geral da EMBRAPA Café, Dr. Gabriel Bartholo, resume o objetivo do Consórcio: “as tecnologias desenvolvidas por esse time campeão chamado Consórcio Pesquisa Café visam à sustentabilidade social, econômica e ambiental da produção cafeeira no Brasil”.
Dentre as pesquisas realizadas pelo Consórcio, posso citar as de melhoramento genético, que propiciaram o desenvolvimento de 36 distintos cultivares, de café do tipo arábica e conilon, resistentes às principais pragas do cafeeiro e com alta produtividade, o que melhorou a qualidade dos frutos e o aumento significativo da produção.
Outro trabalho de pesquisa de sucesso foi o sequenciamento do genoma café, realizado pela EMBRAPA Recursos Genéticos e Biotecnologia, com instituições consorciadas, e pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, a FAPESP. Tal pesquisa resultou na construção de um banco de dados com mais de 200 mil sequências de DNA, que permitiu a identificação de mais de 30 mil genes responsáveis pelos diversos mecanismos fisiológicos de crescimento e desenvolvimento do cafeeiro. Esse trabalho tem gerado dados que aceleram a obtenção de cultivos de melhor qualidade, aroma, sabor e propriedades do grão, agregando qualidade ao produto e mais satisfação e saúde para o consumidor.
Na mesma linha de pesquisa e desenvolvimento, podem ser citados os processos:
– Clonagem ou Biofábricas: técnica que multiplica in vitro, a partir de tecido da folha, plantas de café com resistência à praga e à ferrugem, o que permite a multiplicação de plantas híbridas com produtividade elevada;
– Estresse hídrico: ação que submete as plantas a uma suspensão da irrigação por um período de 72 dias, visando à melhoria da qualidade dos frutos;
– Sistema de Limpeza de Águas Residuárias: utilizado no manejo pós-colheita, para remover os resíduos sólidos na água proveniente dos frutos que são utilizados na produção de adubos orgânicos; e
– Geotecnologias: nas quais destacam-se o sensoriamento remoto e os sistemas de informação geográfica, que são utilizados para a análise das relações entre os sistemas de produção e o ambiente, incluindo a simulação de prognósticos.
Para não me estender, posso, ainda citar as tecnologias aplicadas da poda programada do Conilon, do Alerta Geada e do Café Adensado.
Mesmo com essas tecnologias disponíveis, a importância do agronegócio café para o Brasil implica permanente pesquisa, desenvolvimento e inovação científica e tecnológica. Por tudo, avalio que o trabalho do Consórcio Pesquisa Café é imprescindível para manter as diretrizes da pesquisa cafeeira no País e para a integração de diversos atores na busca constante pelo melhoramento da qualidade, da sustentabilidade e da competitividade do café brasileiro no mercado nacional e internacional.
Cumprimento o Presidente da EMBRAPA, Maurício Antonio Lopes, pelo trabalho que a EMBRAPA pelo trabalho de consolidação do Brasil grande produtor mundial de café, mas sobretudo pelo trabalho de aprimoramento da qualidade e da produtividade da cafeicultura brasileira.
Vamos tomar um café do Brasil?
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