A DESTRUIÇÃO DA PETROBRÁS

A presidente da Petrobrás, Graça Foster, reconheceu ontem que 2012 “foi
difícil” e que “no primeiro semestre de 2013 será ainda mais difícil”. Os
termos mais adequados seriam: 2012 foi desastroso e o primeiro semestre de
2013 será ainda mais. A maior indústria nacional está mergulhada em grave
crise graças à ingerência do governo federal e ao loteamento dos cargos
diretivos com indicações desastrosas. Transformaram a Petrobrás em um
“cabide de empregos”. Soma-se a tal, decisões e planos de investimentos
atrapalhados que privilegiam interesses locais, com metas ora impossíveis e
ora diminutos. Nossa Presidente Dilma não pode reclamar, participa dessa
bandalheira desde 2003 enquanto Presidente do Conselho de Administração da
petroleira. Saiu apenas para concorrer a Presidência da República deixando o
cargo nas mãos do Ministro da Economia Guido Mantega. A atual Presidente da
Petrobrás, Graça Foster, é apadrinhada do PT e participa daquela diretoria
desde 2005. Tornou-se praxe compor salários executivos como de Ministros de
Estado, subsidiando com posições de conselheiros e diretores. Ninguém
analisa o perfil ou capacidade técnica de conduzir uma empresa. O governo
vem tratando uma empresa de capital aberto como se fosse uma autarquia de
manobras. As cotações das ações ordinárias da empresa caíram imediatamente
8,3%. Não é novidade que o governo Dilma tem feito política de controle da
inflação à custa do caixa da Petrobrás. Somente na área de abastecimento, o
rombo foi de R$ 22,9 bilhões, maior do que o lucro anual. E isso aconteceu
porque a empresa foi obrigada a importar derivados para garantir o aumento
do consumo interno que ela não conseguiu suprir. Pagou preços mais altos no
mercado internacional e teve de revender esses combustíveis internamente a
preços mais baixos. Tecnicamente, a Petrobrás precisaria de nova injeção de
capital para enfrentar os rombos e a enorme necessidade de investimentos.
Mas a presidente Graça Foster negou veementemente projetos nessa direção.
Significa que a Petrobrás terá progressiva dificuldade para se financiar e
para cumprir seu programa de investimentos. Pobre Petrobrás, pobres
acionistas, pobres brasileiros que são roubados por políticos que se
apoderam do público em prol de projetos de poder, ou para próprio
enriquecimento. Passou a hora de instaurar uma auditoria que devasse seus
porões.