À medida que a disputa se acirra para o grande evento popular brasileiro que se aproxima, ‘igualando’ todos os dedos da cidadania naquele momento efêmero de apontar um nome e/ou um número, o interesse do mundo aumenta na razão direta da baixaria que ataca ou se defende na grande exibição de egos e promessas da nação tupiniquim…
Drew Westen, em seu livro “O Cérebro Político – O Papel da Emoção na Decisão do Destino de uma Nação”, parece ter acertado em sua teoria, a julgar pelo efeito do recente e trágico acidente aéreo que matou o candidato a presidente – com poucas chances até então – do Brasil, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de quem Marina Silva seria vice-presidente.
A revista The Economist desta semana comenta a ascensão súbita de Ms Silva nas pesquisas eleitorais e as possibilidades de a ex-lider seringueira, ex-senadora e ex-ministra de Lula se tornar a nova presidente do Brasil.
De acordo com a hebdomadária revista inglesa, a fundadora da “Rede Sustentabilidade” – que não se sustentou como partido oficial dadas a petição ‘intempestiva’ ao Tribunal Superior Eleitoral e a chicana correndo inimputável em suas entranhas – ainda precisa convencer o eleitor sempre indeciso em duas frentes principais:
Primeiro, atenuar a sua fama de intransigente e avessa a negociações políticas, qualidade (pelos princípios que parece demonstrar) que pode atrapalhar a sustentabilidade de um governo ante um Congresso multipartidário e ‘heterogêneo’ de princípios como o brasileiro;
Segundo, sua falta de experiência executiva diante de um adversário que já foi governador (e tido como bom) e de uma adversária na condição de presidente já por quase 4 anos.
Aécio Neves, que traz a suposta “mezinha mineira” dos tempos de governador das Minas Gerais, evoca – com ou sem intenção – a lembrança dos tempos de Fernando Henrique Cardoso e um passado que, embora a ‘longa’ memória do eleitor considere positivo, a ‘curta’ do velho e a atrevida do moço, ávidas pelo novo excitante, teimam em repelir.
Assim, embora os brasileiros todos saibamos no que a transigência do governo vigente tem resultado, e o que a suposta ‘experiência gerencial’ da atual mandatária tem causado à economia e, por consequência, à vida dos cidadãos, a menos de 30 dias das eleições, a opinião da grande massa emotiva que decide ainda é uma incógnita…