QUEM GANHARÁ AS ELEIÇÕES

Como discutido outrora nesse espaço, o resultados das eleições surpreenderá
por conta da participação maior dos eleitores no dia a dia da política. A
acessibilidade, conectividade e interatividade farão a diferença, deixando
para traz rádio, tv, cartazes e cabos eleitorais. Com pouco dinheiro pôde-se
eleger candidatos íntimos a suas comunidades sociais. Facebook, Twitter e
Instagram, somados aos movimentos sociais fazem a diferença no
esclarecimento dos eleitores. A partir dai o povo adquire e usa mais a
memória na hora de votar. Mudanças radicais na escolha e qualificação dos
candidatos e principalmente a “ficha limpa”, resultarão em renovações
dramáticas dos quadros políticos como nunca assistidos no Brasil. O efeito
renovador será mais dramático do que das eleições para prefeito e
vereadores, casos de Campo Limpo Paulista, Itupeva e Jarinú etc. Em
Jundiaí, o pleito para prefeito foi levado a um segundo turno por cerca de
quatro dezenas de votos. Ao se confirmar essa tendência poderemos começar a
ter o fim da hegemonia dos que apostam na falta de memória dos eleitores. O
voto de protesto já elegeu candidatos insólitos, nesse momento estamos
falando de voto consciente e com razão da causa. Cabe aos candidatos
apresentar seus planos de governo modernamente e de fora clara. Há pouco a
candidata Dilma comparou Marina Silva a Fernando Collor de Melo e a Janio
Quadros, mais um tiro no pé. O modelo de marketing político hoje usado está
fracassado, tal modelo baixa o nível do debate, desconstrói imagens e não
investe no esclarecimento. Definitivamente o atual modelo de marketing
político serve para construir maquetes e teatros escondendo e não
esclarecendo. A alternância dos quadros políticos e do poder são bases da
democracia. Outra novidade dessa eleição serão as articulações rápidas,
quase instantâneas que deverão ser realizadas para suportar as oposições,
sem elas não haverá governo eficiente. Dizem que Marina Silva não terá
apoio. Quando? Por quanto tempo? Caso seja rápida e coerente na coligações
resolverá a questão na hora certa. As redes sociais e a comunicação farta e
sem fronteiras farão com que partidos enferrujados e as velhas raposas da
política nacional tenham que rever seus conceitos. Apoiados no velho
marketing político, a desgastada candidata Dilma Rousseff (PT), que tem à
máquina pública a seu favor não está conseguindo emplacar sua proposta.
Aécio Neves ( PSDB) tem a seu favor os insatisfeitos com o regime instituído
nos últimos 12 anos, mas somente com isso não está sendo capaz de impor sua
candidatura. A candidata Marina (PSB) mistura novidade, renovação e um
marketing de rede eficiente. Ganhará quem conseguir dizer como tirará o
Brasil do atoleiro, e para isso a estratégia tem de ser moderna.