ELEIÇÕES MUNICIPAIS

O terceiro milênio da era Cristã está sendo marcado por fatos exagerados e
inusitados que no passado, aparentemente, ocorriam em volume e
intensidades menores. Catástrofes naturais, guerras, insurgências, tráfico,
terrorismo, biopirataria, extinção de espécies. Desilusões e medos que
invadindo nossos lares pela grandiosa rede de comunicação que é marca
registrada da tão presente e temida globalização. A comunicação atinge seu
objetivo com a velocidade que o capitalismo exige. Nosso País, tido no mundo
como a grande esperança de desenvolvimento e prosperidade vem passando por
momentos terríveis. Temos uma crise econômica, política, moral e de
credibilidade. O sucesso de uma nação é do tamanho da cultura de seu povo.
O Brasil é um País jovem que não investiu na educação o tanto que deveria.
Para os rábulas da política, “povo burro é povo interessante”. Trocar uma
miserável sobrevivência por votos, sempre foi prática nacional, mas isso
está acabando. O que sempre compensou essa tragédia foram os diferenciais
que nos colocam ao lado dos países desenvolvidos como extensão territorial,
reservas minerais, insolação, pluviometria, qualidade das terra, um só
idioma, poucas catástrofes naturais, ausência de guerras, policultura
agropecuária, enorme quantidade de espécies animais e vegetais. Como
traduzir essa vantagem em esperança, conforto, segurança e alegria ao nosso
povo tão sofrido? A resposta parte da execração dos crápulas da política.
Lembram da indústria da seca? Pois é, existem outras formas de se explorar a
desgraça de muitos a favor do enriquecimento de poucos. Falamos por exemplo
da indústria da influência política, do “deixa que eu deixo”, dos amigos do
poder e etc. Elegemos e convivemos com marginais. Como entender Renan
Calheiros depois de tudo que ocorreu em 2010, hoje citado na operação “Lava
Jato”, de novo na Presidência do Senado com apoio da maioria dos senadores?
E o caso de Eduardo Cunha, réu do “Petrolão”, hoje Presidente da Câmara dos
Deputados? Provavelmente eleitores alheios, oposição fraca e desarticulada.
Nesse ano teremos eleições municipais, fundamental aproveitar o momento de
aparente lucidez para trocar nossos representantes municipais, personificar
o controle e a cobrança, criar uma nova realidade. Temos uma grande
oportunidade de criar as bases para as eleições majoritárias e renovadoras
de 2018.