República (“coisa pública”) é uma estrutura política de estado ou forma de
governo em que, segundo o filósofo Cícero, são necessárias três condições
fundamentais para caracterizá-la: número razoável de pessoas (multitude);
comunidade de interesses e de fins (communio); e um consenso do direito
(consensus iuris). Nela, o chefe do Estado é eleito pelo povo ou seus
representantes com um mandato de duração limitada. A República
Presidencialista Brasileira está falida. Em pleno século 21 com globalização
inerente ao dia a dia, conectividade e acessibilidade cada vez maior, não
podemos continuar a mitigar esforços de modernizar nosso sistema político.
Falar em plebiscito para optar por uma república parlamentarista é iniciar a
construção de uma casa pelo teto. Por exemplo, nossa estrutura partidária é
impraticável com 35 agremiações. Não há precedentes no mundo! Antes de tudo,
há de se iniciar a reforma política com coragem, “doa a quem doer”.
Provavelmente custará alguns outros anos de crise intensa, mas estaremos
moldando um futuro melhor. Há anos não acompanhava um governo com tanta
vontade de mudar, não obstante entender que a qualquer momento poderá ser
descontinuado. Tudo está provisório e precário na política nacional.
Precisamos mudar e as razões são simples, lembrando o Lula, “nunca na
história desse País” se roubou tanto. Em um trabalho primoroso de
investigação, a valorosa Polícia Federal vem provando que as empresas
estatais foram tomadas por ladrões do PT, PMDB, e doutros tantos partidos.
As conseqüências para o Brasil estão ai para todos: depressão econômica,
povo com dívidas impagáveis, desemprego, caos social, etc. Seguindo um
plano inimaginável de desvio de dinheiro público, políticos provavelmente
chefiados por Lula, tomaram de assalto as estatais brasileiras e fizeram das
grandes empreiteiras sócias da corrupção. Há quem arrisque dizer que as
cifras desviadas podem chegar a 125 bilhões de reais. Não dá para confiar em
ninguém. A República foi tomada de assalto e não mais poderemos permitir que
isso torne a ocorrer, para tanto devemos exigir reformas na política
nacional. Nosso antiquado sistema político faliu, está apodrecido, tem de
ser revisto. Eis por que o trabalho maior perante as próximas gerações é o
da recuperação da dignidade, que se encontra em estado de franca agonia.