PROCURA-SE ESTADISTAS

Provavelmente o Brasil e o mundo passem pelo momento mais dramático da história recente. Para buscar saídas desse labirinto, precisamos de estadistas que busquem entendimento e criem soluções, estamos em guerra. Nosso momento requer rápida adaptação do “modus operandis”, alinhar-se com a revolução das redes sociais, da conectividade e da interatividade. A sociedade está evoluindo em velocidade estratosférica, já a política, a burocracia e a economia não acompanham. A atual vida pública requer velocidade nas respostas e lealdade. A vida privada tornou-se pública e o bem público nunca mais será privado. Estadistas não são necessariamente pessoas cultas, educadas e corteses, mas agem com respeito, responsabilidade e civismo, seguindo regras institucionais e procedimentos diplomáticos. Estadistas nem sempre governam com apoio popular maciço, mas governam com paixão e se esmeram na defesa intransigente de interesses comuns e sociais. Estadistas são acima de tudo governantes que se destacam por possuir e encarar um projeto coletivo, que inclua mais que exclua e anuncie com clareza um futuro plausível, desejável, uma vida digna e não somente para si, ou os que estão de seu lado e pensam como ele. Sua diferença específica repousa na capacidade de agregar diferenças, unificá-las e organizá-las numa comunidade, nação ou estado. Agora abordarei liderança, bom senso, comportamento e civilidade na política. Pois bem, falemos de nossos políticos, a começar por Jair Bolsonaro, ele vem se despedindo da Presidência da República pouco a pouco por não pensar e falar demais, já o governador João Dória, especialista em armadilhas, vem se despedindo da política por falar e pensar demais. Trogloditas, partidários do quanto pior melhor, cada qual com suas verdades em suas esferas políticas ao invés de entendimento e sinergia, guerrilham e dão show de desfaçatez e ingerência. Grosserias, agressividade não são atitudes estranhas ao universo da vida pública, mas passaram do limite e perderam a razão na reunião entre Governadores do Sudeste e a Presidência da República em 24/03. O confronto revelou a face triste da política, a falta de foco no verdadeiro problema, uma pandemia que vem matando em série de forma progressiva. Por mais de uma década acostumamo-nos com a verborragia vermelha do ex-presidiário e multi condenado Luiz Inácio Lula da Silva e depois, seu poste amestrado. Nessa triste reunião, julgo poder colocar os quatro políticos mais o suposto funcionário da JBS, Michel Temer, “num mesmo saco”.