A INSTABILIDADE NA ECONOMIA

Uma questão fundamental para as pessoas, organizações e para um país, é a de preservar as conquistas realizadas. Qualquer retrocesso gera desconfortos, frustrações e, no caso nacional, perdas e prejuízos sociais.

É triste ver a nossa irmã Argentina, com uma inflação anual próxima de 60%, com trinta e dois porcento da população vivendo na pobreza, com déficits externos e quase sem reservas cambiais, além de uma política de congelamentos de preços de cerca de sessenta mercadorias e serviços até as eleições de outubro próximo. Nesse ambiente de total insegurança, convivem os argentinos.

Os fundamentos da economia brasileira estão bem estruturados quanto às políticas monetária e cambial, porém desestruturado do ponto de vista fiscal que vem travando a economia e produzindo riscos ao crescimento econômico, ao emprego e a estabilidade social.

O grande capital político do governo de Jair Bolsonaro estava centrado na confiança de empresários e consumidores. Essa conquista já começa a ser abalada pela fraqueza da atividade econômica e todas as suas conseqüências.

Felizmente, ainda temos variáveis estruturais positivas, como a inflação abaixo de 4% ao ano; juros básicos da economia – taxa-Selic de 6,5% ao ano. Saldo favorável na Balança Comercial de aproximadamente US$ 60,0 bi ao ano; entrada de poupança externa sob a forma de IDE – Investimentos Diretos dos Estrangeiros de US$ 70,0 bi e reservas internacionais de US$ 380,0 bi.

A Reforma da Previdência Social, entretanto, passa por dificuldades de aprovação no Congresso Nacional e, nos próximos noventa dias, não se espera uma solução necessária e imprescindível, para possibilitar à equipe econômica, implementar à Reforma Fiscal e avançar na Reforma Trabalhista, além de promover maior abertura ao comércio exterior da economia brasileira.

O crescimento da economia está prejudicado, as projeções indicam um percentual pífio de apenas 1,3% e perspectivas de aumento do desemprego e o fechamento de empresas.

Ainda é possível reverter essa trajetória. É preciso criatividade e ações.

MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí.
Email: messiasmercadante@terra.com.br