A REVOLUÇÃO DAS STARTUPS

É impressionante a revolução do mundo em relação à ciência e tecnologia e,  mais precisamente, acerca da utilização intensiva dos algoritmos, como destaque da  inteligência artificial.

O mundo dos negócios vem de forma crescente, se ancorando, no presente e para o futuro, nas startups, que se multiplicam exponencialmente em todas as áreas das ciências exatas, sociais e biológicas.

A quarta Revolução Industrial, da indústria 4.0; da robotização, ainda em fase de desseminação e assimilação, já começa a dar lugar à quinta Revolução Industrial. A realidade do longo prazo de maturação, viabilização e retorno de um investimento empresarial, que em muitos casos, passa por gerações ou diversos investidores e gestores, quando comparada ao crescimento vertiginoso e valorização de startups, deixa em aberto um estado latente de perplexidade e reflexões acerca do longo tempo  dispendido de dedicação, trabalho e os resultados obtidos.

Não se pode discutir acerca da importância do avanço da inovação tecnológica dessas empresas, que já são  globais e conectadas com a juventude mundial.

Como reflexão, é possível detectar, entretanto, que  nem sempre o ponto central das startups se sustenta na eficiência e utilidade, como deveriam ser consideradas, mas também, no “fato novo”, no “modismo” e, até mesmo no “desconhecido”, quando o “valor subjetivo” se torna  “mais valia”.

A realidade presente sempre terá uma correlação com o passado. Com o avanço tecnológico não é diferente, vejamos : A Segunda Revolução Industrial, capitaneada pela Alemanha no século XIX, caracterizou-se pela criação de departamentos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em empresas que mais tarde se tornariam grandes multinacionais: Bosch, Siemens, Bayer, dentre outras. Essas empresas já inovavam antes mesmo da constituição do Estado alemão como hoje conhecemos.

No Brasil, entretanto, os contratempos econômicos do século XX levaram as empresas brasileiras a outro rumo. A compreensão da importância da Ciência Tecnológica e Inovação apenas se consolidou institucionalmente com a criação do Ministério da Ciência e Tecnologia em 1985. Porém, somente em 2011 incorporou-se a palavra “Inovação” à essa pasta, isto é, o Estado brasileiro percebeu muito tarde que Ciência, Tecnologia e Inovação caminham de mãos dadas.

Felizmente despertamos e estamos inseridos nessa evolução da inteligência artificial e da robotização. Como particular exemplo, temos a nossa querida Jundiaí, em que a inovação e aceleração tecnológica se fazem fortemente presentes na Gestão Pública e na iniciativa privada.

MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. E-mail: messiasmercadante@terra.com.br