Segundo estatísticas da ONU, as 250 pessoas mais ricas do mundo
tem renda anual superior a outras 2,7 bilhões de pessoas juntas, ( ou 45% do
Planeta), ou ainda, as três pessoas mais ricas do planeta têm mais dinheiro
que os 48 países mais pobres. Mergulhando no Continente Africano nos
deparamos com um mundo de miséria, em lugares onde todas as pessoas estão
condenadas ao analfabetismo porque ninguém tem dinheiro para comprar um
lápis; de regiões onde crianças e adolescentes andam armados de fuzis e
metralhadoras para cuidar da segurança nacional, porque todos os homens
adultos já morreram.
A ONU estima que 90% dos africanos vivem com menos de R$ 2,50 por dia. Mergulhada na mesma guerra, Ruanda tem mais de 60% na mesma miséria e no Burundi, são mais de 70%. Os dois países estão entre os 20 com
os mais baixos índices de desenvolvimento humano, calculados também pela
ONU. Todos estes estão entre os 47 países mais pobres do mundo. A ONU
calcula que precisaria de US$ 15 bilhões para deter a epidemia de Aids na
África. Calcula-se que 78% das vítimas da Aids no mundo estão na África,
são 28,5 milhões de pessoas. Em 2011, morreram no continente 2,2 milhões por
essa causa (comparem; 60 mil em toda a América Latina e 8 mil no Brasil).
As populações africanas contribuem com quase um quarto da terrível
estatística das 815 milhões de pessoas que passam fome todos os dias e
contribuem para o contingente que pode chegar a 500 mil crianças que ficam
cegas a cada ano, por falta de vitamina A, ou ainda para a legião de 50
milhões de pessoas com lesões cerebrais por falta de iodo. O problema é
renda Na Eritréia, a fome assola dois terços da população de 3,4 milhões,
porque 90% da colheita se perderam com a seca – num país onde a ditadura de
bandidos encarcera evangélicos, prende jornalista, estupra mulheres.
No Congo, pigmeus dizem que estão sendo massacrados e “devorados”. Outras
etnias denunciam o fato de que seus inimigos devorarem corações, fígados,
pulmões e órgãos sexuais em rituais religiosos. Essa é a África deixada
pelos países colonizadores, que a retalharam de acordo com seus interesses –
diamantes, ouro, petróleo, cobre, cobalto e muito mais.