Grande parte dos pais católicos nos Estados Unidos ainda têm desconfiança quanto à pedofilia praticada pelos sacerdotes. É o que demonstra um estudo feito por um grupo leigo e divulgado essa semana, após uma década de escândalos envolvendo 1.723 padres desde 2004, além dos 4.392 que foram acusados de abusos sexuais de crianças até aquele ano.
A Conferência dos Bispos dos EUA emitiu uma carta, na qual faz menção a uma diminuição marcante no número dos abusos de menores, consequência de diversas medidas adotadas para a proteção da criança desde 2002.
A pesquisa mostra que quantidade significativa de pessoas acreditam que ainda hoje muitos casos continuam sendo encobertos pelas autoridades eclesiásticas. Isso representa uma das consequências do duro golpe que a Igreja sofreu com a investigação e divulgação da pedofilia em suas instituições, além de perder muitos fiéis que não conseguem recuperar a confiança.
A carta dos Bispos veio a público precisamente um dia antes do reinício do julgamento, na Filadélfia, do Monsenhor William Lynn, a mais alta autoridade da igreja católica americana, que é acusado de acobertar inúmeros casos de pedofilia. Se condenado poderá cumprir até 21 anos de prisão.
No livro Beyond Belief – The Catholic Church and the child abuse scandal (Além da Fé – A Igreja Católica e o escândalo do abuso infantil) de David Yallop, lançado no ano passado, que teve grande repercussão, analisa de forma sistemática e contundente os bastidores do clero, as estatísticas verdadeiras e todos os recursos usados pelo Vaticano para acobertar e dissimular os escândalos, assim como esconder os culpados da Justiça em vários países.
David Yallop renomado escritor inglês, que se dedica principalmente a crimes não resolvidos, na presente obra detalha o assunto durante os papados de João Paulo II e Bento XVI.
Por outro lado, a igreja é frontalmente contra a política de saúde do governo Barack Obama que obriga os hospitais, religiosos ou não, incluir o custo da contracepção em seus planos de saúde. Somam-se ainda o aborto e o casamento gay.
A Conferência dos Bispos deverá lançar a partir do dia 21 de junho, uma série de eventos em todo o país pela liberdade religiosa que terminará no Dia da Independência, 4 de julho, com a presença do embaixador do Vaticano nos EUA, o arcebispo Carlo Maria Vigano. Muito católicos tradicionais temem que a Igreja pretenda tomar partido político em um ano eleitoral.
A Igreja de Roma é uma das mais conservadora e hermética instituição do Ocidente, e após a segunda metade do século XX vê, cada vez mais, seus princípios e autoridade chocarem-se contra o desenvolvimento sócio-cultural das sociedades democráticas, bem como o desvelamento de práticas insanas e perversas, que se mantiveram dissimuladas às custas do autoritarismo e da repressão em nome de Deus.
Fonte: tipnews.info
Apesar de ter sido batizada e crismada na religião católica, até porque o Brasil era considerado um País católico, não me considero católica, nem cristã, nem budista, nem xintoista, nem evangélica, nem etc e tal. Acredito em Deus e ponto.
Infelizmente a Igreja de Roma cometeu e ainda comete muitos deslizes financeiro, político e moral, mas como um reflexo da sociedade, assim como o Congresso brasileiro também reflete a nossa sociedade. Mas como diz a Bíblia e muitos pregadores: “há muitas moradas na casa de meu Pai”. Chegará um momento em que daremos um basta a tantas insanidades…espero que esse tempo não demore…