ARAPUCA PARA LULA

A cada dia a Polícia Federal chega mais próximo do ex-presidente Luis
Inácio Lula da Silva. Apurou-se que a Camargo Corrêa pagou R$ 3 milhões
para o Instituto Lula e mais R$ 1,5 milhão para a LILS Palestras Eventos e
Publicidade, de Lula, entre os anos de 2011 e 2013. É a primeira vez que os
negócios do ex-presidente aparecem nas investigações da Operação Lava Jato.
Apontado como coordenador do clube das empreiteiras, o amigo pessoal de
Lula, Ricardo Pessoa é réu em dois processos por crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro. Ao assinar o acordo de delação premiada, ele se
compromete a confessar os crimes que cometeu, a trazer fatos novos e a
apontar outros culpados, em troca de uma pena menor. Ademais, reforça-se a
tese de que Lula quando entregou a faixa presidencial a Dilma Rousseff, em
2011, deixou o Palácio do Planalto, mas não o poder. Saiu de Brasília com um
capital político imenso e manteve-se influente no PT, no governo e junto aos
líderes tiranetes da América Latina, a fim de, sobretudo, mover a caneta de
seus respectivos governos em favor das grandes empreiteiras do país,
contratadas por esses mesmos governos estrangeiros para tocar obras
bilionárias com dinheiro, na verdade, do BNDES, presidido até hoje pelo
petista Luciano Coutinho. Usou o prestígio político para, em cada negócio,
mobilizar líderes de dois países em favor do cliente, beneficiado em seguida
com contratos governamentais lucrativos. Tornou-se o lobista em chefe do
Brasil. A maioria das andanças de Lula foi bancada pela construtora
Odebrecht, a campeã, de longe, de negócios bilionários com governos
latino-americanos e africanos embalada por financiamentos do BNDES. No
total, o banco financiou ao menos US$ 4,1 bilhões em projetos da Odebrecht
em países como Gana, República Dominicana, Venezuela e Cuba durante os
governos de Lula e Dilma. Segundo documentos obtidos pela Revista Época, o
BNDES fechou o financiamento de ao menos US$ 1,6 bilhão com destino final à
Odebrecht após Lula, já como ex-presidente, se encontrar com os presidentes
de Gana e da República Dominicana. Há obras como modernização de aeroporto e
portos, rodovias e aquedutos, todas tocadas com os empréstimos de baixo
custo do BNDES em países alinhados com Lula e o PT.