O IBGE divulgou o crescimento da economia brasileira em 2018, que ficou em 1,1%: o agronegócio cresceu 0,1%, a indústria 0,6% e serviços 1,3%. O melhor dado foi o desempenho do consumo que cresceu 1,9% e o pior, os investimentos, que se limitaram em 15,6% do PIB – Produto Interno Bruto.
Com o crescimento populacional de 0,8% ao ano, a renda per capita ficou praticamente estagnada, com um aumento insignificante, num patamar de cerca de R$ 32.000,00/ano.
Para este ano, duas variáveis condicionantes somam positivamente: a confiança dos consumidores e dos empresários. Outras variáveis favoráveis para os negócios, que corroboram para a estabilidade e crescimento econômico: a inflação abaixo de 4% ao ano; os juros básicos de 6,5% ao ano e a taxa de câmbio girando em torno de R$ 3,80 por dólar, portanto, em equilíbrio para a corrente de comércio exterior do Brasil.
Os indicadores acima são favoráveis, mas não suficientes para fazer a economia experimentar um crescimento mais robusto e sustentável. Já tivemos o primeiro bimestre com a economia andando de lado, gerando frustrações com o Governo e o desemprego voltou a crescer em janeiro passado.
A indefinida Reforma da Previdência demorou quase dois meses para chegar à Câmara dos Deputados, incompleta, porque ainda falta a proposta para os militares e que tem uma previsão para ser votada ao final do primeiro semestre. O Brasil tem pressa e, portanto, não tem o tempo todo para esperar e os agentes econômicos não conseguirão pacientemente, pois muitos negócios poderão afundar no País.
O que se tem no horizonte é que a equipe econômica tem um diagnóstico perfeito em relação à Reforma Tributária, com o necessário enxugamento e redução dos impostos e contribuições; tem clareza da imprescindível iniciativa de redução dos encargos trabalhistas. Essas duas reformas poderão equiparar o Brasil às principais economias do mundo; atrair investimentos do exterior; modernizar a nossa economia e dar maior competitividade internacional aos produtos nacionais.
A grande preocupação nacional é que estamos reféns da Reforma da Previdência e da armadilha fiscal que estrangula a nossa economia.
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. Email: messiasmercadante@terra.com.br