Quanto maior o número de empregos gerados, teremos, como tendência, que um grande contingente de trabalhadores, fora do mercado, que não procuravam empregos, passem a procurá-los;
Inflação – Com a inflação medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em 1,20% em outubro, as projeções indicam uma inflação elevada de cerca de 10,25% para o ano;
Taxa de câmbio – O Brasil vem exportando mais do que importando; vem gastando menos com Turismo Internacional, lógica que indica a posição de uma oferta maior que a demanda de dólares no mercado, entretanto, no mercado de cambiais há uma demanda maior que a oferta com a valorização do dólar que se soma aos preços elevados do petróleo, insumos agrícolas, matérias-primas e alimentos e a inflação interna se eleva e causa grandes danos à economia nacional. O dólar projetado para o final do ano fica em torno de R$ 5,40;
Crescimento do PIB – Produto Interno Bruto – Neste ano a economia evolui para um crescimento de 5,3% no seu PIB. Considerando que em 2020 caiu 4,1%, temos uma recuperação econômica importante em meio a uma ainda instável atividade econômica internacional, sem contar com o lento processo de regressão do Covid-19, que felizmente está sob controle;
A questão fiscal – Com um pequeno superávit primário em setembro, da ordem de R$ 320 milhões e um déficit primário de cerca de R$ 89 bilhões, o país deverá fechar o ano com um déficit razoavelmente menor do que o estimado no orçamento, da ordem de R$ 134 bilhões;
Taxa Básica de Juros – Selic – O COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil acabou de elevar a Taxa Básica de Juros para 7,75% ao ano. Ao mesmo tempo, sinalizou que mantidas as tendências inflacionárias para os meses restantes deste ano, na próxima reunião do COPOM, em dezembro próximo, voltará a elevar em 1,5% os juros, que passarão para 9,25% ao ano, podendo, na pior das hipóteses, chegar a 10%;
Produção de grãos – Dada a relevância para a Balança Comercial do Brasil, destaco aqui a produção de grãos em 2021 que atingiu, conforme dados da CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento, 271,7 milhões de toneladas, com um crescimento de 5,7% sobre a produção de 2020.
Com os indicadores acima e com o momento atual e as tendências futuras para a economia mundial para o próximo ano, analistas econômicos estão pessimistas com as possibilidades de desempenho para a economia Nacional. Temos, todavia, alguns dados que podem nos dar ânimo e acreditar em um ano que embora, não muito, mas positivo para o País, vejamos : – A CONAB projeta que a safra de grãos a ser colhida em 2022 possa chegar a 289,6 milhões de toneladas de grãos. Nossas exportações para a China, que está retomando atualmente um ritmo mais forte de sua economia, deverão ocorrer com normalidade;
O superávit na Balança Comercial deste ano, que deverá fechar em US$ 65 bilhões, poderá perfeitamente ser repetido ou ampliado em 2022;
O montante dos investimentos diretos dos estrangeiros no País, neste ano, deve atingir a cifra de USS 60 bilhões, número próximo ao que vem ocorrendo nos últimos anos e que, portanto, poderá, também, se repetir em 2022;
Os investimentos privados em curso na construção civil e, paralelamente, na infraestrutura dos Estados e Municípios, assim como no saneamento básico do País, são geradores de riqueza, empregos e renda.
É verdade, as dificuldades são muitas, mas é preciso acreditar que podemos superá-las.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia da Unianchieta, membro do Conselho de Administração da DAE e Consultor de Empresas.