Duas condicionantes são preponderantes e bases para as trocas internacionais: os atributos dos recursos naturais e os atributos construídos. As trocas ocorrem num processo de complementaridade e interdependência e decorrem das iniciativas autônomas de empresários, de exportar e importar. Da mesma forma, os investimentos diretos dos estrangeiros, também denominados de formação bruta de capital fixo, ocorrem por interesses econômicos, autonomamente.
As operações de comércio exterior foram ampliadas a partir dos séculos XVI e XVII com os Mercantilistas, que tinham como “idéia central” – vender mais e comprar menos dos estrangeiros para acumular riquezas e manter a hegemonia e o poder. Nesse período e, em decorrência, surgiu a Revolução Comercial.
A partir dos Séculos XVIII, o mundo vivenciou a Revolução Industrial, com berço na Inglaterra sob o pensamento predominante do economista clássico, Adam Smith, do Liberalismo Econômico, do “Laissez – Faire”, que foi acompanhado por David Ricardo, que introduziu a Teoria das Vantagens Comparativas e Relativas para as trocas entre os Países.
E o mundo caminhou por todos esses séculos, com o exato entendimento da importância para os países, do comércio internacional.
Após a segunda guerra mundial, deu-se o início à formação de blocos econômicos, sendo o primeiro, a partir de 1948, do Mercado Comum Europeu, com cerca de vinte países integrados comercialmente e, mais tarde, com o livre comércio de mercadorias e serviços.
Atualmente, evolui para vinte e sete países e a chamada Eurolândia, com a moeda comum – o Euro.
No início dos anos oitenta, o economista inglês, James Wolfensohn – presidente do Banco Mundial propagonizou o pensamento predominante da “globalização das economias”, com os pressupostos de maior abertura comercial, em particular, das economias emergentes, com redução das práticas protecionistas e maior integração dos países no mercado global.
Atualmente, o Presidente Americano, Donald Trump, deu um passo para trás e introduziu medidas contraditórias, com a chamada “guerra comercial”, dificultando o livre comércio com a China, Europa e colocando em risco o NAFTA – Tratado de Livre Comércio dos USA com o Canadá e o México.
Será uma grande perda para o mundo uma trava no comércio mundial, principalmente, a partir deste ano em que as maiores economias experimentam desempenhos auspiciosos de desenvolvimento econômico, que podem ser sustentáveis por vários anos à frente.
O Presidente da China, Xi Jinping fez, recentemente, com sabedoria, a seguinte declaração : “O mundo enfrenta uma escolha entre cooperação e confronto. Aqueles que buscam hegemonia econômica só vão acabar se machucando.” Eis a questão!
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. Email: messiasmercadante@terra.com.br