BUSCANDO A EFICIÊNCIA

Em meu segundo Livro “ O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial”, no capítulo 1, escrevi sobre “Âncoras de Sustentação”.

O objetivo, mercê da minha pequenez, quando escrevi sobre “Sustentabilidade”, foi o de orientar aos trabalhadores, empresários e gestores públicos, posicionamentos em suas atividades que os levem a seguir o “caminho do meio” – do equilíbrio, da ponderação, do respeito à dignidade do ser humano, também à natureza, da reverência aos princípios da ética e da verdade, do permanente esforço de reflexão sobre o certo e o errado. Essas são pré-condições, embora não suficientes, para se ter sucesso.

Quanto a “Percepção”, só é possível alcançá-la se tivermos serenidade em nossas reflexões; equilíbrio emocional; sensibilidade; exercer permanentemente a observação pessoal; a paz de espírito e, em se tratando de empresas, o foco no negócio e no mercado.

A gestão do Setor Público, por um Presidente, por exemplo, exige uma percepção muito sensível, capaz de identificar, em tempo real, o que é possível, ou não, o que separa o certo do errado, pois afirmações ou posicionamentos equivocados, provocam efeitos negativos, que podem causar reações do mercado, com reflexos na atividade econômica e nos níveis de empregos.

Quando o nosso Presidente critica o “Teto de Gasto”; a independência do Banco Central; a meta de inflação, que considera atualmente baixa e que deveria ser maior, no pressuposto que, assim, a taxa básica de juros – a Selic, para combater a inflação, poderia ser menor, ao contrário, pois quando o governo estabelece uma meta maior para a inflação, seria como uma profecia autorrealizável e a inflação tende, efetivamente, a ser maior e a taxa básica de juros, ao invés de cair, tende a subir, provocando juros globais praticados no mercado financeiro, num patamar mais elevado, travando a economia do País com todos os seus efeitos negativos, como em investimentos empresariais mais baixos e menor arrecadação tributária, cujos reflexos, todos já conhecemos.

Quanto a “Prudência”, ela nos leva a decidir melhor, a enxergar com mais clareza os fatos e os efeitos positivos ou negativos de uma decisão. Ela nos

leva a errar menos e acertar mais, a nos aprofundarmos no conhecimento dos fatos e, assim, decidirmos com mais sabedoria e aceitabilidade.

É companheiro da Prudência, o “Equilíbrio Emocional”, que leva a um menor nível de ansiedade, reduzindo também sobressaltos injustificáveis, o que nos possibilita a ter mais clareza dos fatos e decidir melhor e, aí, com maior justiça e eficiência na busca para se atingir os objetivos desejados.

Com equilíbrio é possível desenvolver um “Planejamento” com uma visão real do que somos capazes de realizar, dos nossos pontos fortes e fracos; das aspirações factíveis e ou equidistantes para o hoje e o amanhã, seguir em frente.

Messias Mercadante de Castro é professor de economia do Unianchieta, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.