CAMINHANDO EM MEIO AS DIFICULDADES

Neste início de 2020, as principais economias globais estão numa espécie de compasso de espera.
Na China, a segunda maior economia do mundo, o coronavirus provoca uma semi-paralisação da atividade econômica, que já dura trinta e cinco dias e reflete negativamente em toda a economia global, com a falta de insumos e retração nas exportações e importações, com os seus respectivos efeitos nas cadeias de valores. O crescimento de sua economia de 6% em 2019, deverá cair para cerca de 5% neste ano.
A União Européia, com um PIB – Produto Interno Bruto de 15,9 trilhões de Euros, enfrentou os desafios de um baixo crescimento em 2019 e perspectivas nada favoráveis para este ano, quando, inclusive, precisará ocorrer ajustes, tanto na Inglaterra, como nos vinte e sete países da União Européia, relativamente ao Brexit – saída da Inglaterra do Bloco Econômico.
Aqui na América do Sul, a Argentina com uma dívida externa de cerca de US$ 330 bilhões, terá que renegociar dívidas que vencerão em março próximo, da ordem de US$ 132 bilhões.
O País não dispõe de recursos e experimenta uma forte recessão econômica, além de uma elevada inflação – estagflação.
A terceira maior economia do mundo, o Japão, continua andando de lado, com deflação, sem perspectivas de crescimento para este ano.
Todos os fatos narrados afetam diretamente a economia brasileira, que exporta menos e sente uma retração nos Investimentos Diretos dos Estrangeiros, além de um fluxo mais forte de saída de dólares.
Em janeiro passado, tivemos um déficit em Transações Correntes com o Exterior (Saldo da Balança Comercial, mais da Balança de Serviços, mais Transferências) de US$ 11,4 bilhões, o maior desde janeiro de 2015. Os investimentos diretos dos estrangeiros somaram somente US$ 6,4 bilhões.
Para esta semana, temos perspectivas favoráveis para o País. O Banco Central irá reduzir obrigações compulsórias dos Bancos, que receberão, a partir de março, a liberação de depósitos de cerca de US$ 135 bilhões. Boa parte desses recursos deverá oxigenar a atividade econômica e, por fim, o Presidente Bolsonaro deverá enviar ao Congresso Nacional, o Projeto da Reforma Administrativa.
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. Email: messiasmercadante@terra.com.br