Neste 4 de julho os americanos pareciam estar com pouca disposição pra comemorar.
Primeiro, porque logo após chuvas diluvianas terem causado muita destruição e falta de energia elétrica que já dura mais de 5 dias em alguns lugares, principalmente na costa leste, afetando mais de 1,3 milhões de casas e estabelecimentos comerciais, seguiu-se uma onda de calor saariano que poucas vezes se viu, ou melhor, se sentiu.
Onda difícil de enfrentar até pra surfista experiente, acostumado com os vagalhões havaianos.
Além da falta de refrigeração, muitas vezes vital quando o ar que se respira está acima dos 100 graus Fahreinheit, falta também comida nos fogões de belíssimos “touch-sensitive glass-ceramic tops” – na maioria dos casos, à base de energia elétrica, claro.
O Tio Sam, condicionado a dias melhores, vai se acomodando sem ar condicionado – e reclamando – como pode, enquanto sente falta dos bons tempos do fogão a lenha e da maior tolerância física aos arroubos da natureza.
Soltar rojão então – se predisposição houvera! – nem pensar!
Sensibilizados pelos danos, pelo calor, pelas queimadas e pelas cabeças-quentes, mais de 20 estados proibiram a “sorta de fogos”, como se dizia no meu tempo de menino no interior de São Paulo.
Segundo, porque hoje em dia nenhuma nação, em sã consciência, por mais poderosa que seja, pode se sentir tão independente assim…
A independência de um país, na sua forma trágico-romântica de antigamente, se tratava de se libertar, heroicamente, do jugo e da exploração imputados por outro, que vinham na forma de caravelas, homens barbudos e seus canhões.
Agora, quando se consegue ‘ver’ que até Deus tinha uma partícula invisível pra ajudá-lo a criar o que nos foi dado ver, tudo é muito diferente.
O invasor-conquistador-predador moderno tem mais jeito de ‘virus’, ou, no máximo, de ‘zangão’ (ou “drone”, como o chamam aqui), o qual qualquer curso básico de aeromodelismo ensina a pilotar.
Eu, particularmente, recomendo mais dependência entre os povos.
Aliás, até soltaria rojões por isso…