DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

Todo 5 de junho se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. O Planeta em
seus bilhões de anos sempre encontrou formas de se recuperar. A natureza não
tem problemas em seu tempo que é diferente do nosso. Na verdade estamos
destruindo a biodiversidade do nosso tempo. A população continua crescendo e
com ela os níveis de consumo crescem sem controle. A Conferência de
Estocolmo, realizada em junho de 1972, foi o primeiro grande evento sobre
meio ambiente global. Com o mesmo objetivo, foi realizada a Cúpula da Terra
em 1992. Essas conferências, bem como o Relatório Brundtland publicado em
1987 pelas Nações Unidas, lançaram as bases para o ECO-92. Em 1992, no Rio
de Janeiro representantes de cento e oito países do mundo reuniram-se para
decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e
garantir a existência de outras gerações. A intenção, nesse encontro, era
introduzir a idéia do desenvolvimento sustentável, um modelo de crescimento
econômico menos consumista. vinte anos depois, em 2012, foi realizda a
Rio+20. O mote dessa vez foi a busca de respostas de como a economia global
pode voltar a crescer, sem esbarrar nos limites do planeta. Não foi uma
cúpula de chefes de Estado, foi uma conferência das Nações Unidas que quer
discutir desenvolvimento sustentável, economia verde e combate à pobreza. Na
Rio + 20 discutiu-se que tipo de economia podia existir que não esbarrasse
nos limites do planeta e conseguisse dar à civilização uma noção de avanço e
progresso na sociabilidade. Esse modelo que está aí não serve. Quem esbarra
nos limites do planeta hoje são 1,5 bilhão de pessoas, mas 5,5 bilhões
querem começar a esbarrar. Como a economia global pode voltar a crescer sem
esbarrar nos limites do planeta? Hoje há uma compreensão de que o projeto
econômico e social andam juntos. E que não há possibilidade de alcançar o
desenvolvimento econômico se não encontrarmos uma forma de lidar com os
problemas que estamos vivenciando. Isso passa por modificar o atual rumo de
insustentabilidade da produção e do consumo. Não é apenas o fato de que a
humanidade não foi capaz de realizar nenhuma ação efetiva para enfrentar o
problema do clima e da biodiversidade. Desde a Eco Rio 92 passaram 23 anos
de muitas pesquisas que nos remetem a um quadro de gravidade muito maior do
que naquela época. Não é o apocalipse, a humanidade não vai acabar, mas é
muito grave.