EDUCAÇÃO E ESCURIDÃO

Ainda não há muito a comemorar na educação. Apesar da Presidente Dilma
propagar com otimismo e causar a impressão de que crescimento econômico é
solução para tudo, o enriquecimento do País seria desfrutável por poucos, ou
seja, por aquela parcela de população que teve a sorte de receber melhor
formação escolar a se preparar para o mercado de trabalho. A maior parte dos
problemas de nosso País, criminalidade, corrupção, políticos canalhas,
políticas pífias vem da falta da educação. Falo de um estagio básico, aquele
que deveria vir da família. Gastamos quase R$ 30 bilhões com um torneio de
futebol, construímos elefantes brancos e não temos coragem política para
investir em educação. A condenação à escuridão intelectual que estamos
impondo às crianças brasileiras, por falta de melhor escolarização, talvez
seja a mais cruel das penalidades, porque atinge não apenas elas próprias,
como também o País em que viverão quando se tornarem adultas. Nem o mais
desumano entre os códigos penais conseguiu a proeza de inserir em seu rol
este castigo. A ignorância, nada surpreendente, que o mundo exterior começa
a conhecer de nosso país deve ser motivo de vergonha para nós todos, mas,
especialmente, para os governantes, que se mostram preocupados em olhar mais
para o próprio umbigo do que para a nossa realidade, extasiados com eles
mesmos e propagando a toda hora, fundados em estatísticas bem manipuladas,
que Deus é brasileiro e o Brasil caminha às mil maravilhas. Numa visão das
mais forçadas, é reconhecer que o Brasil de hoje já é a clara conseqüência
do descaso com que foi tratada a educação desde há décadas. A coragem com
que a Coréia do Sul, destroçada por uma guerra, se dispõe a resolver o
problema – e o resolveu – deveria ser um exemplo para os nossos governantes.
É incrível que essa experiência fantástica, que em pouco tempo transformou
aquele país, antes tão atrasado como o nosso, em nova potência econômica do
mundo, não seja aproveitada no Brasil. Enfim, não pode estar bem um país
onde a grande maioria das pessoas vive na escuridão de conhecimentos,
prestando-se, sem ter consciência disso, a sufragar nas eleições políticos
que acabam disputando as manchetes com os piores criminosos. Cidadãos
instruídos não se deixam iludir por alguns trocados mensais que programas
populistas como o “Bolsa Família” distribui para anestesiar as consciências.
Hoje o Brasil não é o um País de todos como alardeia o governo Dilma.
Educação de qualidade e o voto consciente o farão.