Talvez seja essa a eleição majoritária mais importante da história
da república, assim como a mais carente de lideranças políticas.
Provavelmente a eleição com a classe política mais desmoralizada e buscando
alternativas para reposicionar-se. Ideologia dando espaço a justificativas
insossas, autêntica fábula de La Fontaine. Eleição com partidos políticos
confundidos com quadrilhas, tudo que puderam fazer para inviabilizar a
renovação do Congresso, o fizeram, sempre com apoio do STF. As velhas
raposas não podem perder o que restou o Fórum Privilegiado, fórum esse que é
alternativa em países que vivem regime de exceção, mas não mais se encaixa
no Brasil desses dias, a não ser que queiramos blindar marginais. As
campanhas mal começaram e já se superam no quesito desastre, tirando o
fôlego, dando sono, sem propostas factíveis, com histórias sem pé e sem
cabeça. No horário político vêem aparecendo um pouco de tudo, hora
esdrúxulo, hora risível, onde propostas se camuflam numa selva de feras e
seres estranhos. Dura missão dessa nação, a de escolher alguém que ancore
essa nau desgovernada. O eleitor deve definir o que espera do Brasil de 2019
a 2022, e como seus representantes podem fazê-lo. Deve-se ter certeza que os
escolhidos possam ter compromisso com reformas difíceis e indispensáveis
para que o Brasil se modernize e se alinhe com países prósperos retomando
seu ciclo de crescimento. Devemos buscar representantes que digam o que
farão, como o farão e com que dinheiro farão. Temos que ser persistentes,
fortes, otimistas. Há de se acreditar que desperdiçar o voto é o mesmo que
jogar fora a arma mais poderosa contra o estado de coisas que domina o
Brasil dos dias de hoje. Com as redes sociais, a escolha ficou mais complexa
pela ampliação das formas de se colocar a par do potencial de cada qual,
assim como mais perigosa, já que o ciberespaço é livre, lemos, vemos e
ouvimos verdades e mentiras, as famigeradas fake news. Muito importante
seguir nomes que apresentem repostas as dificuldades, que digam como
resolveriam situações, para isso não basta usar as redes sociais, TV, rádio,
jornais, folders, fundamental pesquisar em todos esses meios e também
discutir exaustivamente com grupos organizados. O Brasil precisa de
políticos que rompam com a triste aberração que se transformou a política
nacional. Não desperdicem seus votos, busquem alternativas, elas existem. *
Carlos Henrique Pellegrini é professor universitário e Diretor de Gestão
Empresarial e Sucessão da Maxirecur Consulting, www.maxirecur.com.br
<http://www.maxirecur.com.br/> , pellegrini@maxirecur.com.br