ELEIÇÕES E REDES SOCIAIS

Nas eleições desse ano, quase 2 milhões de jovens vão às urnas pela primeira
vez. Dados recentes divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral apontam que
41,3% do eleitorado brasileiro tem menos de 34 anos, Os jovens que respiram
tecnologia e vivem conectados – por computador ou smartphones interagem nas
redes sociais. Ou você acha que eles vão ficar na frente da TV assistindo ao
horário eleitoral gratuito? Marqueteiros ultrapassados colocaram as
campanhas políticas a todo vapor sem dar o devido valor as redes sociais.
No Brasil já somam mais de 82,4 milhões de internautas ou 43% da população.
Essas pessoas passam cerca de cinco horas por dia conectados muitas das
vezes nas redes sociais. A democracia não escapa das mudanças provocadas
pela internet a exemplo da empresas digitais. Os estrategistas de Business
Inteligence já identificaram o poder das redes sociais, todos os passos de
seus consumidores são monitorados e as informações, incorporadas à rotina
das equipes de marketing. Uma pesquisa da Pew Research Center’s Internet &
American Life Project mostrou que em 2012 mais da metade dos adultos
norte-americanos obteve na internet informações sobre as eleições no país. A
pesquisa revelou que 32% dos usuários de internet adultos tiveram nela seu
principal meio de informação ou de envolvimento com a campanha eleitoral. E
22% usaram o Faceboock, o Twitter ou outra mídia social para fins políticos.
Barack Obama, então candidato a presidente, desenvolveu uma excelente
estratégia na internet e, reunindo colaboradores de forma inédita, superou
os seus adversários, conquistando eleitores e doadores para a sua campanha.
A grande inteligência da campanha de Barack Obama foi focar em grupos-chave
para a eleição, com os hispânicos, as mulheres e os jovens americanos. No
Brasil, nas últimas eleições presidências a internet foi fundamental para o
segundo turno. O candidato José Serra e a candidata Marina Silva
destacaram-se na web, mudando drasticamente o cenário que apontava para a
vitória de Dilma Rousseff já no primeiro turno. O fato é que a internet
provocou uma intensa transformação no comportamento da humanidade e na forma
de fazer política. Foi assim anteriormente, com o rádio e com a televisão,
porque o surgimento de novas mídias resulta em, novos hábitos e práticas. No
mundo virtual o candidato pode estabelecer uma interação com o seu
público-alvo. Interagir é o mais importante, porque na web não é permitido
falar como se se estivesse num tradicional comício. Vale lembrar que nesse
espaço democrático, antes de falar, é melhor escutar, compartilhar, trocar
experiências, dividir e discutir pontos de vista. A internet possibilita
agilidade para esclarecer mal-entendidos, responder críticas, desmentir
boatos e agradecer o apoio de quem expressa sua opinião.