Honra à Memória

Procurei, na medida do possível, reverenciar a memória de quem merece. Quando juiz assessor da Presidência do TJ, na década de 80 do século passado, ajudei a publicar um livro institucional com a História do Tribunal, com a relação de todos os ex-Presidentes. Fiz o mesmo, agora de maneira mais completa, à frente do saudoso e extinto Tribunal de Alçada Criminal. Consegui publicar um livro institucional da Corregedoria Geral da Justiça e também do próprio Tribunal, sem falar na publicação comemorativa do Centenário da Academia Paulista de Letras.

Agora na Presidência do TJ, instituí o “Dia do Patrono”, objeto da Portaria 9.013, de 22/5/2014. O intuito é comemorar o natalício da personalidade que empresta seu nome às edificações pertencentes ao Poder Judiciário Paulista. Valeu a pena.

Estive nas solenidades em que se celebrou a figura de Djalma Negreiros Penteado, Young da Costa Manso e Spencer Vampré. Este último nasceu em 24/4/1888 e é denominação do Fórum de Limeira. O carinho com que se comemorou a data reuniu a grande descendência do advogado, jornalista, conferencista, mestre do Largo de São Francisco e a juíza Diretora do Fórum, Daniela Murata, conseguiu a publicação de um primoroso texto sobre o patrono. Elaborou-o a funcionária Rosmary Benedita de Lucca Zacharias, com fotos e síntese biográfica do homenageado.

A Diretora do Fórum falou sobre o vulto, em nome da família sua filha Amélia Spencer usou, emocionadamente, da palavra e uma apresentação de coral integrou a cerimônia ao Projeto “Arte e Cultura no TJ”, também desta gestão. Fui honrado com a outorga do título de “Cidadão Limeirense”, láurea que recebi em nome do Tribunal e que me desvaneceu. Em Limeira revi os retratos de luminares como o Juiz José Duílio Nogueira de Sá, também hoje a denominar um Fórum e o Desembargador Lourenço Agostinho Abbá Filho, outro que é eternizado na região e merece nossa gratidão e reconhecimento.

Os jovens precisam saber que a Justiça não começou hoje. Ao contrário, muitos atuaram para que ela chegasse às dimensões atuais. Povo sem memória é povo que não progride. É sinal civilizatório honrar a presença permanente de quem nos legou tradição, exemplo e trabalho. Continuemos a reverenciá-los.