INSTITUTOS DE PESQUISA E POLÍTICOS

Os Institutos de Estatísticas e Pesquisas não mais acertam previsões.
Preocupa até previsão de possível campeão brasileiro. Por favor, não
arrisquem fazê-la, parece que dessa vez não escapa do “verdão”, basta não
aprontarem nenhuma das tradicionais “palmeirisses”. A infalível e
invariável matemática está variando ou os matemáticos e seus modelos
estatísticos estão ultrapassados? Creio na segunda razão adicionada a
desilusão global. Comecemos com a aprovação popular da saída da Inglaterra
da Comunidade Européia ( Britain-Exit), foi alardeado que não ocorreria,
pois ocorreu. Vejam o referendo reprovando o acordo de paz com as Forças
Armadas Revolucionadas da Colômbia (Farc), os institutos erraram. Na cidade
de São Paulo a eleição de João Doria (PSDB) no primeiro turno foi
imprevista. Há pouco, os institutos erraram as previsões na eleição para
presidência dos Estados Unidos da América do Norte, com a derrota
acachapante da Democrata Hillary Clinton para o falastrão e preconceituoso
Republicano Donald Trump. Em comum, todos casos possuem abstenções além da
média e um descontentamento surreal com a classe política. Veja o caso de
Jundiaí, com enorme abstenção pareceu-me que eleitores se empenharam em
escolher entre o “demônio e o coisa ruim”, parafraseando o lendário e
falecido governador Leonel Brizola em 1989 nas eleições a presidência quando
Collor ganhou de Lula em segundo turno. Somando a desilusão popular e a
velocidade da comunicação que as redes sociais impõe, o povo se ocupa em
pregar peças nas previsões, já os institutos ainda não conseguiram ajustar
seus modelos estatísticos a novidade. Outro recado dado, nos casos
brasileiros é que o voto obrigatório deve ser revisto. A abstenção de
descontentes traveste as urnas. O que há de democrata em obrigar alguém
votar em quem não crê? Em todos casos, os institutos de pesquisas e os
políticos estão sendo desafiados e alertados que devem mudar. O mundo está
mais inteligente, assim como a verdade predominante. Venho alertando há
tempo que a relação dos políticos com o povo está mudando. Não adianta usar
com maestria as redes sociais, se faz necessário ser, estar e crer na
honestidade. A Câmara Municipal de Jundiaí mudou maciçamente. Raposas
fantasiadas de cordeiros não mais se sustentam. O povo está mais ágil e
inteligente e o mundo mudando para melhor.