LULOPETISMO, ÉTICA E MORAL

Não faltam escândalos no governo Lulopetista. “Mensalão, Petrolão”, doações
irregulares de campanhas, caixa dois etc. Os antigos romanos, dos quais os
modernos Lulopetistas apreciam além da conta, diziam que a dúvida sempre
beneficia o réu, no caso destes, apenas os réus companheiros. Aos
adversários reservam o agravamento da suspeita para a culpa. Tais romanos,
há 2 mil anos, diziam que “errar é humano, mas perseverar no erro é
diabólico”. Não passou pela cabeça privilegiada dos varões de Plutarco que
uma pessoa honrada viesse a cometer o terceiro erro consecutivo, não por
acreditarem na premissa da virtude sobre a tentação do pecado, mas por se
sentirem protegidos pela instituição sagrada da república. De patrício
nenhum se admitia que fosse mais diabólico do que o próprio diabo ao se
negar a preferir o erro ao acerto mais de uma vez. Os súditos de Júlio
César, de cuja mulher se exigia que parecesse honesta, não bastando ser, não
tiveram premonição nem imaginação suficientes para prever os costumes
políticos da República Lulopetista… um mar de corrupção e desmandos. Estes
reivindicam o benefício da dúvida sem a contrapartida da obrigação de exalar
virtude. A Luís de Camões, fundador da língua portuguesa, com o
reconhecimento do poeta Fernando Pessoa, também faltou imaginação para
forjar um verbo que admitisse o terceiro erro seguido. Tal verbo poderia ser
“emburrecer”? Já que, convenhamos, não seria bastante usar o prefixo que
designa a terceira vez no neologismo tri-incidir. O vernáculo tem sofrido
com os abusos que lhe têm sido impostos pelo Lulopetismo, e com o esforço
de guias geniais dos povos que repetem o mesmo engano. Por exemplo, de onde
veio a palavra “presidenta”… somente no vernácula de nossa governanta
Dilma. Mas muito mais do que a murcha flor latina, aqui se violentam os
bons costumes republicanos, renegados e triturados na prática política da
barganha amoral e interesseira. Pior do que violar a gramática é chutar o
balde da ética e pisar na jaca das boas práticas de gestão. À presidente da
República cabe exercer o poder delegado pelo povo de maneira soberana, mas
com a inevitável contrapartida da onerosa responsabilidade partilhada. O
desgastado Lulopetismo, protagonista dos escândalos aqui citados e
provavelmente de muitos outros futuros exemplos, deverá encerrar a hegemonia
do Partido dos Trabalhadores no poder.