Mais uma vez a Sra. Kirchner toma uma atitude insana para o Ocidente democrático no século XXI, ou grotescamente demagógica e populista para um povo que jamais mereceu uma administração como essa.
A desapropriação da empresa petrolífera YPF (Yacimientos Petrolíferos Fiscales) controlada pela espanhola Repsol, através do projeto de lei enviado ao congresso argentino, o qual expropria 51% da empresa, em que 57% do capital social são da Repsol, revestida do apanágio de um projeto de soberania nacional sobre os hidrocarbonetos; nesse caso o governo argentino fica com 51% da YPF e a Federação dos Produtores de Hidrocarbonetos com 49%.
A reação foi imediata; indignado, o governo espanhol disse através de seu ministro da indústria, José Manuel Soria, que vai tomar “todas as medidas adequadas” para defender os interesses da Repsol e empresas espanholas no exterior.
A União Europeia condenou a expropriação e disse que Buenos Aires está na contramão da economia mundial, dando um sinal extremamente negativo aos investidores globais.
Em Nova Iorque, a negociação das ações da YPF permanecem suspensas e a agência Moody rebaixou-as de Ba3 para B3, e advertiu que poderão cair ainda mais.
O presidente executivo da Repsol, Antonio Brufau, disse que a atitude ilegal e gravemente discriminatória da argentina não passa de uma manobra para encobrir a crescente deterioração da sua economia e de uma política energética falida, agravada pela crescente perda das reservas de petróleo e gás.
A própria presidente declarou que as importações de petróleo e gás dobraram em 2011, em relação a 2010, e estão previstas para triplicar nesse ano.
O presidente do México ofereceu total apoio à Espanha, pois a petrolífera estatal mexicana Pemex tem participação de 9,5% na Repsol.
O Reino Unido, que recentemente teve uma urticária proveniente dos arroubos populísticos de Cristina, também manifestou seu apoio ao governo espanhol, realçando a insensatez de estimular o superávit através do protecionismo jurássico.
O Financial Times anunciou hoje que a nacionalização destruiu as negociações de venda da parte da Repsol, sua participação de 57,4% da YPF para a China Petroleum & Chemical Corp (Sinopec).
A Sinopec, maior refinaria da China, e a Repsol já são parceiros no Brasil, onde o grupo chinês tem participação de 40% na subsidiária espanhola.
A Repsol se manifestou que vai tomar todas as medidas legais nesse caso, para receber a compensação estimada em mais de US$ 10 bilhões, do governo argentino.
As manchetes dos jornais de todo o mundo mostraram a cena grotesca e hilária da Sra. Kirchner, com a arrogância que lhe é característica, anunciando essa palhaçada, ou melhor, gansada, tendo ao fundo a imagem de Evita Perón!
A crise de energia levou o governo a cortar os subsídios para os argentinos, especialmente para o gás. O ex-ministro da economia da Argentina Roberto Lavagna disse não existir maneira de suportar as importações de energia no valor de mais de US$ 12 bilhões, que é a estimativa para 2012.
É evidente que as recentes bravatas tiranossaurídeas de Cristina Kirchner têm a nítida intenção de desviar as atenções de seu povo, da crítica situação econômica do país, com inflação de mais de 24% ao ano, uma taxa de desemprego em torno de 7%, o que está levando a uma apoplexia da atividade econômica.
A queda do superávit comercial para menos de 11 % em 2011, que é sua única fonte de financiamento, desde o calote da dívida de 2001, acabou por fechar as portas para o crédito estrangeiro.
Atitudes de governantes demagogos e populistas nós conhecemos bem no Brasil, e de uma forma geral, no mundo inteiro. Mas o que impressiona a qualquer membro da classe média cultural é a forma primária e pueril com que o governo argentino usa dessa artimanha, no mundo globalizado e da informação online!
Não vi nenhuma manifestação, nos órgãos de imprensa internacionais, de um político, empresário ou crítico argentino sobre essa estupidez administrativa, e as consequências ainda mais negativas que advirão para seu país.
No soy una patotera. Com essa negação, usando de gíria mal educada e de baixo nível cultural, Cristina “Chaves” afirma, na prática, para o mundo, exatamente o que tenta negar!
Obs. “Patotera”: (gíria) – membro da patota, do bando, da gangue.
Fonte: tipnews.info