Na economia, os vasos são comunicantes. Toda e qualquer ação econômica provoca, em cadeia, um processo de causa e efeito.
Foi divulgado pelo jornal da Folha de São Paulo que cinco grandes bancos do país: Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, separaram R$ 148 bilhões, para cobrir possíveis perdas com a inadimplência de grandes empresas e um grande número de trabalhadores que poderão perder seus empregos neste ano.
Trata-se de uma provisão financeira de elevado valor e que se traduz numa grande preocupação para a economia brasileira, pois já vem produzindo uma forte retração do crédito bancário que, conforme números divulgados pelo Banco Central do Brasil, em fevereiro próximo passado, o volume de crédito junto ao Sistema recuou em 16%, quando comparado com fevereiro de 2015.
Já o credito concedido ao Sistema Financeiro da Habitação, Crédito Rural e Crédito do BNDES, em seu conjunto, experimentaram um recuo de 32% no mesmo período de comparação.
A oxigenação das transações econômicas globais da economia de um país se materializa com o fluxo de moeda e crédito, que representam o “sangue” do Sistema Econômico. A falta desse oxigênio provoca um processo sistemático, contínuo e progressivo na redução da atividade econômica e, em certos setores, da paralisação de suas atividades, acelerando o desemprego, reduzindo os investimentos e, como conseqüência, derrubando acentuadamente, a arrecadação tributária do Setor Público.
É exatamente isso que vem ocorrendo na economia brasileira.
Os fatos, em seu conjunto, vão conduzindo a nossa economia para uma grande depressão econômica com conseqüências imprevisíveis e efeitos nefastos para o país.
Como corolário da crise econômica, temos a crise política, que inviabiliza a gestão do país e, que, se essas duas crises não forem estancadas e arrefecidas, podem causas sérios danos ao tecido econômico.
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