NOVOS VALORES NA DIREÇÃO EMPRESARIAL E DAS NAÇÕES

O que se percebe na realidade mundial, é que pelo fato da incessante busca pela riqueza e pelo poder, as Sociedades, as Empresas e as Nações agem, sistematicamente, em quase todo tempo, objetivando o lucro; o bem estar social , mas que privilegiam apenas parte de grupos das Sociedades e o enriquecimento do país, que, embora não com propósitos deliberados, acabam como subproduto, a desconsiderar muitas necessidades da humanidade.

Em 1973, Ernest F. Schumacher , autor do Best Seller “Small is Bealtiful” (O Negócio é ser Pequeno), citando textos bíblicos em suas páginas de economia, demonstrou sábia lucidez ao afirmar que o “Sermão da Montanha” fornece instruções precisas sobre como construir uma perspectiva que conduza a uma “Economia de Sobrevivência”, portanto, mais eficiente, justa e solidária.

Destaca que o mundo deveria vincular a essas “ bem aventuranças”, a questões de tecnologia e economia, tendo, como centro gravitacional, o ser humano.

Relativamente a gestão empresarial, Schumacher registra que “Qualquer Organização tem de esforçar-se continuamente pela disciplina da ordem e pela indisciplina da liberdade criativa”, daí para o estabelecimento de processos inovadores em suas decisões e sucesso empresarial.

Peter Drucker, eminente Consultor no mundo dos negócios, filosoficamente, deixa um conselho para as gerações, presente e futuras; – “Está na hora de um novo modo de pensar na Teoria Econômica”, que, aliás, predominou no último século, de forma mais inclusiva e sustentável.

É certo que o mundo está diante de grandes desafios que virão, em decorrência dos efeitos socioeconômicos do conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Nessas circunstâncias , é importante relembrar que a história dos fatos passados, tendem a se repetir no presente e, lamentavelmente, nem sempre de forma positiva.

É cada vez mais necessário a interdependência do estudo e das análises econômicas dos Países com outros ramos dos saberes sociais que se entrelaçam e se complementam, como salientaram em 2001, os ganhadores do Premio Nobel, de economia, George Akerloff, George Spencer e Joseph Stiglitz e, anteriormente, em 1998, o também ganhador

do Premio Nobel, Amartya Sem, pelos seus estudos sobre a pobreza e questões morais.

No campo empresarial novos ensaios e métodos administrativos inovadores já dão passos que estão se consolidando e podem ser verificados, como, por exemplo, nas ações da “Economia de Comunhão”, um sistema cristão de gerenciamento desenvolvido em empresas ligadas ao Movimento dos Focolares, cujos resultados , como modelos compartilhados de administração e distribuição de lucros, estão presentes em suas gestões.

Questões éticas, responsabilidade Social e respeito ao meio ambiente, assim como, o controle racional do uso responsável de fontes de energias não renováveis poluentes, estão na pauta diária das grandes decisões das Nações; da ONU – Organização das Nações Unidas e, felizmente, também do nosso País – uma grande Nação.

O mundo, com as novas gerações e ideias, terão muito a nos ensinar.

Messias Mercadante de Castro é professor de economia no Unianchieta, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.