As decisões políticas e os fatos econômicos internacionais e na economia brasileira transmitem aspectos positivos, que nos anima a olhar para os meses restantes deste ano confiantes em um desempenho melhor para a nossa economia, mas, ao mesmo tempo, olhando para as incertezas externas e para as reformas necessárias que não foram implementadas em nosso País, nos questionamos se teremos apenas um “vôo de galinha”, de espasmos de crescimento, sem sustentabilidade.
No exterior, temos os fatos positivos de crescimentos econômicos auspiciosos, como a China e Índia, próximos de 7% em 2018; os Estados Unidos, de cerca de 3%, a Europa, em torno de 2,5% e o Japão, ligeiramente superior a 1%.
No sudeste asiático, destacam ainda o desempenho da Coréia do Sul, Indonésia e Cingapura entre outros.
Na economia, o contraponto fica por conta da inflação americana que se eleva e, é certo, que para combatê-la, o Banco Central Americano – Federal Reserv, deverá, proximamente, aumentar os juros dos títulos do Tesouro – os Tresouries Bonds, o que, embora timidamente, já provoca turbulência cambial nas economias emergentes, com a saída de dólares para os Estados Unidos.
Outro fato retumbante no mundo se refere à “guerra fiscal”, com a sobretaxa americana ao aço importado – 25% e o alumínio – 10%, o que já vem impactando o comércio com a China, Europa e, também, na América Latina, provocando, inclusive, retaliações chinesas.
O cancelamento americano do acordo nuclear com o Irã, provoca reações na China, Rússia e Europa, principalmente pelos seus interesses econômicos no Irã. De sobra, todos esses fatos, econômicos e políticos, revigoraram o preço do petróleo no mercado mundial que já atingiu US$ 77,00 o barril.
No Brasil o dólar chegou a R$ 3,60 e induz a ampliação de intervenção do Banco Central. Com reservas internacionais de US$ 381 bi, não teremos problemas maiores com o câmbio. A inflação menor que 3% ao ano deverá levar o Banco Central a reduzir os juros básicos da economia, de 6,5% para 6,25% ao ano, o que será bom para os negócios.
Na travessia de 2018, temos dois grandes desafios: a copa do mundo na Rússia que, normalmente, reduzirá um pouco o foco da atividade econômica e, em especial e principalmente, as eleições Presidenciais, que o Brasil não pode errar. Mesmo com todas as incertezas desses fatos, o Brasil crescerá mais que 2,5% neste ano.
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da Unianchieta e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books – SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. E-mail: messiasmercadante@terra.com.br