O SISTEMA FINANCEIRO MUNDIAL

A partir da grande depressão de 1929/1930, em que quebrou o Sistema Financeiro Mundial, com o fechamento das Bolsas de Valores, que começou pela Wall Street e todas globalmente, além de incontáveis empresas e um superlativo número de desempregados, além de milhões de famintos, o mundo vem se preparando, de forma competente, para estruturar o Sistema Financeiro Mundial, assim como, as operações financeiras nacionais e internacionais, de forma a garantir segurança e liquidez às Instituições Financeiras no planeta.

Ao término da segunda guerra mundial, já em outubro de 1944, na cidade americana de Bretton Woods, cerca de noventa e quatro países se reuniram e criaram o FMI – Fundo Monetário Internacional, para dar liquidez, através de empréstimos “tranches” aos países membros, que tivessem déficits em suas Balanças de Pagamentos; criaram também, na mesma reunião, o BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento – Banco Mundial, para financiar a reconstrução da infraestrutura na Europa.

Evoluiu muito no mundo um pouco, além dos anos noventa, uma padronização global da mensuração nos cálculos do PIB – Produto Interno Bruto; das contas nacionais; dos balanços de pagamentos e outras. Os objetivos focaram no desempenho individual de cada País e, no do conjunto da economia mundial , de forma a mitigar eventuais crises individuais e sistêmicas na economia global.

Um grande teste, ocorreu em 2008, nos Estados Unidos com o subprime e a falência do Banco Lehman Brothers, como também ocorreu, em menor proporção, também na Europa e no Japão.

A intervenção pontual dos Bancos Centrais, dos respectivos países, com socorros financeiros, deram celeridade no retorno à normalidade dos seus sistemas econômicos e financeiros, evitando o aprofundamento global das crises e volta à normalidade, com incrível rapidez, não obstante efeitos subjacentes nas economias emergentes e no comércio internacional.

Nos anos 2000, foi criado o BIS – Banco de Compensação Internacional, com sede em Genebra, na Suíça, uma espécie de “Banco Central” dos “Bancos Centrais”, normatizou, consensualmente, sistemas e procedimentos a serem praticados pelas Instituições Financeiras, globalmente, de forma a torná-las cada vez mais seguras em suas operações e líquidas para com os seus clientes.

Agora, nos Estados Unidos, tivemos a quebra do Silicon Valley Bank, do Vale do Silício, um dos vinte maiores bancos do País, seguido da falência do Signature Bank, de New York e, agora também, do First Republic Bank. O Banco Central Americano, o Federal Reserve, já aportou US$ 250 bilhões para garantir liquidez em suas transações, voltando o “mercado” a operar com normalidade.

Na Suíça, o seu segundo maior Banco, o Credit Suisse, com problemas de liquidez, já recebeu cinquenta bilhões de francos suíços do Banco Central Europeu e suas transações ocorrem naturalmente, inclusive após a sua compra pelo UBS – União de Bancos Suíços.

No Brasil, temos um sistema financeiro sólido e consistente.

Messias Mercadante de Castro é professor de economia do Unianchieta e membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.