Aqui no Brasil, não é diferente. Fazemos parte de uma “aldeia global” e, como tal, somos Agentes, ora protagonistas, ora não, de todo esse processo que afeta o equilíbrio entre os países e seus efeitos na atividade econômica e nos níveis de empregos, globalmente.
Como corolário dessas circunstâncias, cresce no mundo a xenofobia aos imigrantes; o aumento da concentração da renda nas mãos dos mais ricos; o aumento da violência e da criminalidade, além do crescimento nos níveis de pobreza. Há no mundo, uma amplitude na ansiedade; a insegurança sobre o futuro e, quase a certeza, de que o mundo tende a piorar.
As guerras entre a Rússia e a Ucrânia e entre Israel e o Hamas e Hezbollah, continuam vitimando famílias no Leste Europeu e no Oriente Médio, em condições de total desumanidade em relação aos seus habitantes.
Em nosso País, cresce a inquietude sobre os efeitos do tarifaço Norte Americano, sobre grande parte das nossas exportações para os Estados Unidos. Com o diálogo político-diplomático prejudicados e, até aqui, sem uma perspectiva de uma negociação mais favorável ao Brasil, ficamos à mercê de suas consequências, não obstante, o esforço governamental de ajuda às atividades prejudicadas em seus negócios.
Ainda assim, o Boletim Focus, do Banco Central do Brasil, projeta para este ano, um crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, de 2,3 %; uma inflação, medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo (inflação oficial) de 5,2 % (acima do limite-teto de 4,5 % ao ano); um superávit na Balança Comercial, de US$ 65 bilhões e um volume de Investimentos Direto dos Estrangeiros de US$ 70 bilhões. São números animadores, em meio a outros indicadores negativos para o País.
Com a proximidade de 2026, ano das eleições para a Presidência da República, Governadores e para parte do Congresso Nacional, a prioridade número um no Governo Central, está concentrada na reeleição. Por ela, todos os caminhos que levam à Brasília, são percorridos, inclusive os gastos expressivos que provocam Déficits Primários (receitas (-) despesas sem os juros), além dos juros anuais de R$ 1,0 trilhão, que se somam à dívida interna de R$ 9,4 trilhões, ou seja, de 76,6 % de um PIB – Produto Interno Bruto de R$ 12,3 trilhões.
O número de trinta e quatro ministérios, exacerba nos seus orçamentos e gastos. O Congresso Nacional tem, para este ano, cerca de R$ 50 bilhões para as emendas parlamentares. As despesas crescem acentuadamente no Judiciário Nacional e nas Forças Armadas.
A médio prazo, o Brasil pode sim, ter problemas complexos, pelos seus efeitos na economia de liquidez na Dívida Pública.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia do Unianchieta, Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas