Na sequência, foi criado o BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento para financiar o desenvolvimento econômico da América Latina.
E, 1947, ocorreu a “chamada, Rodada do Uruguai”, onde os países deram o primeiro passo na direção da hoje chamada Globalização das Economias. Criaram o GATT – General Agreement on Tariffs and Trade – Acordo Geral de Tarifas e Comércio, para supressão de tarifas protecionistas que impediam o avanço do comércio mundial e, como consequência, o desenvolvimento Econômico Global.
Hoje temos a OMC – Organização Mundial do Comércio, herdeira do GATT, que cuida do Livre Comércio entre as Nações e é um Órgão de Arbitragem Internacional nos conflitos de interesses comerciais entre os países.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao aplicar, unilateralmente, tarifas de importações ao mundo (China, Índia, Japão e outros países asiáticos, Europa, Canadá, Oriente Médio e América Latina), provoca um forte impacto, não só ao Livre Comércio Mundial, mas adjacentemente, ao crescimento econômico global, além de pressões inflacionárias no mundo e, em decorrência, ao longo do tempo, em desemprego estrutural. Provoca, também, um retrocesso na atuação da OMC – Organização Mundial do Comércio, que assiste a um processo gradual de desglobalização econômica mundial.
Haverá, inexoravelmente, um aumento de Acordos de Livre Comércio, como, por exemplo, União Europeia e Mercosul, entre países e Blocos Econômicos, que mudará o “Status Quo” das trocas internacionais.
Cada País ou Blocos Econômicos, buscarão alternativas factíveis, para amenizar os impactos tarifários em suas economias.
O Brasil, com a isenção do alcance tributário de 50%, em quase 700 produtos, sofrerá, “céteris – paribus” (tudo o mais permanecendo constante), efeitos no restante de 55% a 60% em nossa pauta de exportações para os americanos. Ainda assim, setores importantes da nossa economia serão fortemente afetados, com paralizações temporárias da atividade econômica e desemprego. Há, todavia, um aceno do Presidente Trump a Lula para a abertura de um diálogo entre os Países. O primeiro passo foi dado e, a partir dele, se poderá encadear uma longa caminhada, que esperamos, seja mais favorável ao Brasil.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia do Unianchieta, membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas.