PROCURAMOS UM LÍDER EM 2021

Com a chegada de 2021 percebe-se uma mistura incoerente de revolta e ilusão quanto o ano novo. Como pudemos entrar de cabeça nessa crise de saúde, econômica e ainda agravar nossa crise política? Como os governantes eleitos democraticamente e tão bem pagos deixaram o Brasil tomar o caminho que tomou? É incontestável que nosso País perdeu terreno em todas as esferas. Internamente faltaram lideranças consumidas pelo egoísmo e desfaçatez. Onde estão Bolsonaro e Dória das campanhas? Fachadas mentirosas que acirraram a divisão de nosso País, diferente de líderes de verdade que na crise unem. Vejam Winston Churchill que unificou o Reino Unido na Segunda Grande Guerra (desculpe Churchill). Sobrou esforço de pontos fora da curva como Guedes na economia, Tarcísio na infraestrutura, Tereza Cristina da agricultura, Pedro Duarte Guimarães da CEF, mas em voos solos. Ao mesmo tempo a ilusão que o Brasil sairá da crise melhor, pergunto como? O Brasil não se organiza internamente e muito menos externamente. No cenário internacional nos tornamos o que o Chancelar trapalhão Ernesto Araújo preconizou, párias. Esquecemos o multilateralismo, investimos nas relações entre países, esquecemos o multilateralismo. Analisem o que fizemos com nossas relações com a Ásia, em especial com a China, com os países europeus, os países da América do norte, em especial USA, cremos que todos dependem mais de nós que nós deles, piada. Perdemos influência regional, nem no combalido Mercosul influenciamos. Damos recados errados aos parceiros comerciais, mesmo com um arcabouço ambiental sofisticado, fazemos questão de informar o contrário. Praticamente nos isolamos do mundo com uma política antagonista e errática. No linguajar econômico, as expectativas são autorrealizáveis, mantidos o consumo e o investimento, haveria demanda, vendas, produção e emprego, mas infelizmente a realidade é mais dura que essa, melhorando as expectativas, melhora-se o cenário, mas como fazê-lo se não existem políticas para isso? Há fatores concretos que vão afetar a vida dos indivíduos e empresas no Brasil em 2021, mas o C-19 II predominará como por exemplo na eficiência do planejamento na imunização com vacinas que atinjam todos do Caburaí ao Chuí. Tecnicamente não escrevo com pessimismo e sim com pragmatismo, ainda acho que que Jair Bolsonaro foi o melhor das eleições de 2018 mas minha paciência está no fim. Há falta de políticos e líderes que pensem no coletivo, ainda creio no Brasil e sei que nosso grande líder está por vir, nas eleições de 2026 e hoje se prepara para fazer de nosso país líder mundial. * Carlos Henrique Pellegrini é professor universitário e Diretor de Gestão Empresarial e Sucessão Familiar da Maxirecur Consulting, pellegrini@maxirecur.com.br