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A presidente da Petrobrás Graça Foster garantiu nessa semana que a Petrobrás
tem como prioridade produzir petróleo. Verdade? Essa declaração, em
linguagem típica de negócios, deve ter soado como uma ofensa aos padrões da
gestão petista, famosa internacionalmente por seus projetos de baixa
qualidade, falta de foco empresarial e por um prejuízo superior a USS 1
bilhão num único investimento. Seu valor de mercado despencou de 12.° maior
do mundo há cinco anos para 120ª posição, segundo lista divulgada pelo
jornal Financial Times. Reportagem de capa da revista Veja do dia 02 de
agosto dá conta de que a CPI da Petrobrás do Senado é uma pantomima, uma
farsa, assim como outra reportagem do jornal Estado de São Paulo de 06 de
agosto menciona que a Petrobras bancará a multa dos diretores envolvidos no
escândalo de Pasadena. Estamos sendo roubados, não há sinal algum de
seriedade, essa empresa de fato financia o projeto de poder do Lula, Dilma e
seus asseclas. Há dez anos, a maior empresa brasileira foi subordinada a
objetivos políticos e pessoais do grupo instalado no Palácio do Planalto e
às conveniências de seus companheiros e aliados. Antes disso, a Petrobrás
pode ter sido mal orientada em algumas fases, mas quase sempre funcionou com
critérios empresariais, empenhada em procurar e extrair petróleo e gás,
produzir e distribuir combustíveis e contribuir para a segurança energética
do Brasil. Com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora, os
interesses empresariais da Petrobrás foram postos em segundo ou terceiro
plano. Isso levou a desperdícios, comprometeu a geração de caixa e reduziu
as possibilidades de investimento exatamente quando a companhia, depois da
descoberta do pré-sal, teria de cumprir um programa excepcionalmente difícil
e custoso. Com tudo isso a Petrobrás ganhou destaque na imprensa
internacional, no final de 2013 como a empresa mais endividada do mundo, de
acordo com levantamento do Bank of America Merrill Lynch. A perda de valor
de mercado afetou tanto a Petrobrás quanto a Eletrobrás, prejudicadas
principalmente pela interferência política na administração das maiores
estatais, convertidas em casas da mãe Joana. O grotesco episódio do
petroleiro João Cândido, lançado ao mar em 2010 com palavrório de Lula e
nenhuma condição de navegar, foi uma boa demonstração de um estilo de
governo e de administração. A aprovação da compra da refinaria texana com
base num sumário executivo, como confessou a presidente da República, foi
perfeitamente compatível com esse estilo gerencial. Sua fama de
administradora jamais foi merecida.