SEMANA DA DESFAÇATEZ

Na última semana assistimos mais um pouco da novela “quanto pior melhor”.
Começamos com a caravana de Lula pelo norte de Minas Gerais. Um tributo a
desfaçatez, a mentira, ao descaramento e autoflagelo de um mito que ruiu. O
condenado não percebe que seu discurso já não mais engana. Ao chegar à
cidade de Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, o petista foi recebido com uma
faixa “Lula, o Vale do Mucuri te recebe de algemas abertas”, o mesmo em
Ipatinga, no Vale do Aço. A presença do ex-presidente nas cidades por onde
tem passado vem sendo repudiada. Na seqüência, a Câmara dos Deputados livrou
mais uma vez a cara doutro mafioso, dessa vez o presidente Michel Temer.
Após quase 13 horas de sessão, por 251 votos a 233, a Câmara rejeitou enviar
ao Supremo Tribunal Federal (STF) a segunda denúncia contra o presidente
Michel Temer apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer
foi denunciado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
Já o PSDB, dividido e em cima do muro como sempre, vem buscando a identidade
perdida, vem “sambando” nas garras doutra decepção, o ex-Senador em
atividade Aécio Neves, presidente licenciado da legenda. Inacreditável,
Tasso Jereissati, presidente interino do PSDB, pede, roga, implora para que
Aécio deixe a presidência do partido, e o mesmo finge que não é com ele. O
PSDB irá desaparecer antes mesmo do PT, assim seja. Para não ficar para
traz, no STF, a mais alta corte da República, assistimos uma “briga digna de
lavadeiras” entre os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. A
discussão começou quando Gilmar criticou a situação do Rio de Janeiro. No
momento, Gilmar Mendes votava e falava sobre a gestão de recursos públicos.
Incomodado com a crítica ao Rio de Janeiro, Barroso citou Mato Grosso,
estado de Gilmar Mendes, “onde está todo mundo preso”. Gilmar Mendes então
treplicou lembrando a atuação de Barroso no “mensalão”: afirmou que ele
soltou o ex-ministro José Dirceu. Relator da execução penal do petista,
Barroso respondeu que tomou a decisão com base em decreto da ex-presidente
Dilma Rousseff de conceder indulto a condenados. Na verdade, Barroso, no
caso tem razão em grande parte do que disse a Gilmar Mendes, ocorre que a
casa deveria ser republicana e respeitável. O Armagedom, lugar onde
acontecerá a batalha final entre as forças do Bem e do Mal, poderá resolver
a crise moral, cívica de postura e compostura dos que comandam e comandavam
o Brasil.