Os escoceses decidiram, neste último dia 18, permanecer no “clã” do Reino Unido.
Como sói acontecer entre humanos, houve muita discordância, e o “não separa” definitivo foi determinado por somente 55% dos votantes.
85% dos cidadãos “celta-bretões” remanescentes naquele terço norte do reino compareceram às urnas e mais da metade deles referendou a manutenção de uma união profícua que perdura por mais de três séculos.
Ainda bem…
Como numa parceria Lennon-McCartney, tal reino, unido, mudou o mundo numa escala imensamente maior do que a musical…
Winston Churchill disse certa vez que, de todas as nações geográficamente pequenas existentes na terra, talvez somente a antiga Grécia tenha contribuído mais do que a Escócia para o desenvolvimento da humanidade.
Tinha razão…
Além da gaita de foles, melhor tocada de saias (kilt), e do autor de ‘Sherlock Holmes’, Arthur Conan Doyle, a Escócia presenteou o mundo com o chamado “Iluminismo Escocês”, período caracterizado pelo revolucionário surgimento, no século 18, de grandes intelectuais e obras científicas, que catapultou a transformação da vida humana que se conhecia até então.
E o mais surpreendente é que essa ‘luminosidade’ aconteceu num país considerado, naquela época, um dos mais pobres e atrasados do ocidente europeu…
O motor a vapor inventado por James Watt deu origem à Revolução Industrial…
A descoberta da penicilina por Alexander Fleming até hoje salva milhões de vidas humanas…
Adam Smith com seu livro ‘A Riqueza das Nações’(‘The Wealth of Nations’) é considerado o criador da Economia moderna…
Andrew Carnegie, o grande inventor do ‘arranha-céu’, que, a partir do uso do aço nas estruturas dos prédios, mudou para sempre a feição das grandes cidades…
Tentando não se alongar demais na lista dos melhores contribuintes escoceses à civilização, acho que, assim como o vinho e o azeite de oliva, o ‘scotch’ também deve ser terapêutico e inspirador.
E que povo – e reino – unido, jamais será vencido!
“Sláinte”!