Com a evolução vertiginosa da Internet, passamos a depender tanto dos chamados smartphones que fica até difícil imaginar como era a vida sem eles…
Hoje, quem tem um desses pequenos luxos essenciais carrega um computador completo no bolso ou na bolsa, e a função mais requerida é justamente a de substituir o computador.
É uma quantidade tremenda de informações – incluindo pessoais – ao alcance de qualquer dedo, notadamente aquele que se insinua, invisível, surfando nas ondas de rádio!
Torna-se, portanto, imperativo que se tome medidas defensivas, protegendo as informações contidas em nossos celulares, seja no trabalho, na escola ou em qualquer outro lugar.
Eis aqui os riscos mais comuns:
– Perda do equipamento e roubo da informação –
O telefone celular é pequeno e muito fácil de perder ou de roubar. Estranhos podem acessar os dados, a lista de endereços, as fotos e muito mais, incluindo a detecção eletrônica de senhas de bancos e de cartões de crédito, em busca do crime, da fraude e do lucro fácil.
– Engenharia social –
Moda dos nossos dias, especialmente entre os jovens de todas as idades, sempre conectados, trata-se de enviar e/ou receber mensagens de texto, sons e imagens. Ou aplicativos baixáveis (o perigoso download), muitas vezes com o simples objetivo de capturar informações do usuário.
Aquela mensagem de texto recebida de algum número desconhecido, solicitando que se clique num determinado link que fornece, gratuitamente, milhares de toques (ringtones), é um típico exemplo da maracutaia digital.
Como tudo na vida real, o que parece muito bom pra ser verdade, geralmente é, no mínimo, duvidoso…
– Capacidade de armazenar informação –
A mesma precaução no sentido de cuidar da privacidade, da segurança e da reputação quando no uso do computador tradicional também se aplica ao uso do celular.
Essas pequenas maravilhas, por sua enorme capacidade e versatilidade, permitem, instantaneamente, captar, publicar e distribuir imagens, videos ou quaisquer outras informações que – e a quem – interessar possam, incluindo a localização do portador.
– Ambientes públicos Wi-Fi –
Celulares são mais susceptíveis a virus e a toda sorte de predação (hackers) quando utilizados em redes públicas, sem-fio, geralmente menos protegidas, tais como as de aeroportos, escolas, lojas, consultórios médicos e outros locais públicos.
– Bluetooth e NFC (Near Field Communications) –
A chamada Bluetooth é uma tecnologia de rede sem-fio que usa ondas curtas de rádio pra transmitir dados e voz.
Já a NFC permite que os celulares se comuniquem entre si, bastando que disponham desse dispositivo e que estejam próximos uns dos outros.
Aproveitando-se do excesso de autonomia da criatura, os criminosos cibernéticos podem interceptar as transmissões intrarrobôs, apropriando-se de contas e de senhas, disseminar virus de toda cepa e atazanar a vida do criador…
Então, como se proteger?
– Sempre atualize o sistema operacional –
Como dito anteriormente, os celulares modernos são equipamentos computadorizados, e, como tais, precisam ser atualizados (updated) sempre.
O bom fabricante é aquele que oferece frequentemente as atualizações disponíveis, de preferência automáticas.
– Use bons programas de segurança –
Existem no mercado programas de segurança específicos pra telefones celulares, que também devem ser mantidos atualizados.
Muitos desses programas são capazes de localizar o celular perdido ou roubado, podem recuperar dados (back up) e até mesmo apagá-los, à distância.
– Proteja sua senha –
Habilitar o celular com um forte sistema de proteção de senha, que inclua a necessidade de redigitá-la depois de algum tempo de inatividade, dificulta a invasão indesejada.
– Pense antes de clicar, abrir, baixar, encaminhar…
Antes de responder a qualquer solicitação eletrônica, a prudência recomenda checar a legitimidade do site e da empresa envolvida, sob pena de arrependimento tardio e baldado.
– Entenda os termos de uso –
Alguns aplicativos exageram nos direitos de acesso – e de uso – a informações pessoais. Comparar antes de concordar é uma boa prática.
– Tenha cuidado na zona do Wi-Fi –
A tentação de baixar os custos do celular usando conexão grátis com a Internet é quase irresistível, mas aumenta muito a vulnerabilidade, especialmente quando se acessa as próprias contas ou se faz transações financeiras.
– Desative Bluetooth e NFC –
Embora facilite a vida do usuário pela conveniência, tais tecnologias também favorecem a do meliante mais próximo. É recomendável desabilitá-las sempre que não precisar delas.
– Use a criptografia –
Ativar a criptografia (encryption) é uma das melhores maneiras de resguardar as informações estocadas no aparelho.
– Descarte o seu velho celular respeitosamente –
Com as constantes mudanças pra melhor no mercado de celulares, ficou difícil manter a lealdade com aquele modelo de última geração recém-comprado.
Contudo, é imprescindível que se dissipem todas as lembranças contidas na memória do velho parceiro.
Assim, antes do rompimento final, é preciso ter certeza de que todos os dados foram apagados e de que os cartões SD e SIM, quando for o caso, foram removidos ou destruídos.
A tecnologia, como sempre tem sido, facilita inegavelmente a vida dos homens, mas não é capaz, per se, de evitar o mal uso, e, ao contrário do que dizia o nosso querido Chacrinha, quem se comunica pode, sim, se trumbicar…
Fonte: Florida Department of Agriculture and Consumer Services