TERCEIRIZAÇÃO DA PRESIDÊNCIA

A Câmara dos Deputados aprovou nessa quarta-feira (8) por 324 votos a favor,
137 votos contrários e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei
que regulamenta os contratos de terceirização. Propostas de destaques
(alterações do texto) ainda serão discutidas pelo plenário na próxima
semana. Depois de concluída a votação, o texto seguirá para análise no
Senado. Criticada pelo PT e algumas centrais sindicais e defendida por
empresários, a proposta permite que empresas contratem trabalhadores
terceirizados para exercer qualquer função. Atualmente esse tipo de
contratação é permitida apenas para a chamada atividade-meio, e não
atividade-fim da empresa. Ou seja, uma universidade particular, por exemplo,
pode terceirizar serviços de limpeza e segurança, mas não contratar
professores terceirizados. Pelo texto votado na Câmara, essa limitação não
existirá mais, regularizando muitos acordos informais já e andamento, assim
como abrindo alternativas para a relação capital e trabalho. Em paralelo a
tudo isso o vice-presidente da República, Michel Temer, virou oficialmente
o articulador político do governo, na minha opinião Dilma tomou uma decisão
certa mas atrasada, pois já deveria ter feito isso quando Antonio Palocci
deixou o governo em 2011. Não poderia deixar de citar o mis novo ato falho
da Presidente Dilma. Pouco antes de oficiar Temer, ao indicar para a
mesma posição Eliseu Padilha (Aviação Civil) sem falar com o mesmo e com seu
partido, a presidente provocou um grande mal estar e se auto ridicularizou
quando Padilha recusou seu convite. Hoje o ex- Presidente Lula é o
estrategista terceirizado no governo, sendo consultado por Dilma
quinzenalmente sobre a direção a ser seguida. Desde de novembro, ao nomear
Joaquim Levy Ministro da Fazenda, dando ao mesmo plenos poderes sobre os
rumos da economia, Dilma terceirizou uma de suas responsabilidades. O
Presidente da Câmara Eduardo Cunha e do Senado Renan Calheiros, desde suas
nomeações em janeiro mandam no Brasil, provocando derrotas consecutivas ao
governo, por tanto são os executivos terceirizados de Dilma. Nessa semana,
Dilma terceirizou o que restava, a articulação política, e o fez a quem
nunca poderá demitir, seu vice-presidente Michel Temer. O governo da
Presidente Dilma deveria ser o primeiro a aproveitar o projeto de lei que
regulamenta os contratos de terceirização. Resumindo, Dilma Rousseff
institucionalmente é nossa presidente mas terceirizou todas suas atribuições
de executiva chefe.