Funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU) já consideram a situação da Síria como de guerra civil generalizada.
O conflito armado já se estende por de 15 meses numa escalada crescente de violência, com mais de 13.000 mortes, grande parte civis inocentes em manifestações pacíficas.
São quatro décadas de regime repressivo do presidente Bashar Assad que se encontra ameaçado, fruto da onda de revoltas populares no Oriente Médio contra governos totalitários.
A Secretária de Estado Hillary Clinton revelou que as recentes informações do envio de helicópteros de ataque russos à Síria fará o conflito recrudescer ainda mais.
Porém, a aparição pública de Hillary junto com o presidente israelense Shimon Peres caiu muito mal para a opinião pública internacional, e reforçou ainda mais as suspeitas se tanto os Estados Unidos como a Rússia estão realmente preocupados com o sacrifício de civis na Síria.
Com o fracasso da diplomacia, além da perda de controle das atrocidades, existe o risco da violência se alastrar no Oriente Médio, e Irã e Turquia serem arrastados para o conflito.
Rússia e Síria têm um relacionamento de longa data, o que se traduz através de bases militares em território sírio, bem como a presença naval russa no Mar Mediterrâneo.
Por outro lado, os EUA e seus aliados ocidentais acreditam que em função do isolamento do governo de Assad, resultado das sanções internacionais, o tornaria cada vez mais engessado para respostas militares aos dissidentes, bem como neutralizaria a utilização dos novos armamentos.
O mais triste dessa história é que o Pentágono não está bloqueando o envio de armas para a Síria, usando o álibi das negociações diplomáticas, pois qualquer ação mais efetiva nesse sentido impediria não só à Rússia, mas também aos EUA faturarem com a venda de armas.
Há alguns meses o presidente Barack Obama defendeu publicamente o envio de armas aos dissidentes sírios. Depois foi flagrado por microfones “sensíveis” mandando uma mensagem suspeita a Putin, o que lhe custou a perda de alguns pontos em sua campanha eleitoral. E até agora não se decidiu nenhum embargo de armas para a Síria.
Não obstante o grande alarde da mídia diariamente, transmitindo para o mundo fotos que relevam os horrores que assolam o povo sírio, a ONU mandando observadores que não chegam a lugar nenhum e ainda são alvos de ataques, e as manifestações eloquentes para o fim do conflito de inúmeros lideres mundiais, o que fica claro por trás de tudo isso são a hegemonia dos interesses econômicos e a insensibilidade com a vida humana.
Fonte: tipnews.info