OS ÚLTIMOS APAGÕES

Por mais que o Governo Federal  insista em desmentir, temos graves problemas no sistema elétrico nacional. O Brasil tem um sistema complexo e arrojado que requer atenção e manutenção constante. Estranhamente, somente depois que a Presidenta Dilma anunciou queda nas tarifas de energia elétrica em até 22% a partir de 2013, já houve quatro apagões elétricos. Lembrando o apagão  de 2001, que na verdade foi apenas “risco de apagão”, os brasileiros foram participantes de um corajoso racionamento de energia imposto pelo governo federal.

Graças a tal, o apagão acabou não ocorrendo. Naquela ocasião, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso assumiu as rédeas e institui o racionamento duramente criticado pela oposição. A história demonstrou que ele estava certo. Agora a situação é diferente. Em 2001 não tínhamos geração de energia, isto é usinas, hoje temos a geração de energia, sendo o problema a transmissão da mesma, ou seja, cabos.

O governo precisa solver a questão responsabilizando a quem de direito. Deve reaparelhar o sistema, que, aliás, é relativamente novo com menos de 15 anos de uso.  Além dos apagões, o governo Federal deve abrir discussão sobre  nossas fontes de energia. Para melhor entender, energia limpa é aquela que não polui o planeta e quando dizemos que é renovável é sinal que existe em quantidades enormes ou inesgotáveis. Temos fontes de energia limpa como o sol, marés, vento, magma e a biomassa. Também temos as fontes de energia altamente poluidoras, que deixam resíduos e problemas ao planeta, como o carvão, o petróleo, energia nuclear e hidráulica. No Brasil, erradamente tratam a hidro energia como sustentável e renovável.

Renovável sim, sustentável nunca. Para confirmar, basta dizer que uma hidroelétrica precisa de rios de planalto com cursos desviados, grandes represas, desmatamento de florestas, afogamento de  animais e populações nativas desabrigadas.

Ambientalistas defendem as Fazendas de Vento, que são áreas onde se instalam centenas de enormes  “ cata ventos” que em seu movimento, fazem a  propulsão de geradores de energia de forma limpa e renovável. Já cientistas, depois do tsunami no Japão,  divergem na Energia Nuclear. São muitas as divergências sobre como alimentar os altos níveis de consumo de energia do Brasil e no mundo, ao mesmo tempo em que se deve reduzir a emissão de gases derivados da queima de combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo que causam o aquecimento global e o desequilíbrio ecológico. A reeducação e redução do consumo talvez seja a melhor alternativa. Já quanto os apagões, o Governo Federal precisa agir rápido, ou será lembrado por mais essa além do “mensalão”.