POR QUÊ DAS VAIAS A DILMA

As vaias a Presidenta Dilma na cerimônia de abertura da Copa das
Confederações desse último sábado ocorreram por ela estar imagem e
semelhança de Lula, seu mentor e eterno presidente ausente dos momentos
difíceis. Por um erro de sua acessória, Dilma foi jogada aos leões para que
70 mil brasileiros de classe média a vaiassem. Certamente não são esses
eleitores dela e muito menos do Partido dos Trabalhadores. Nossa Presidenta
vem se omitindo no difícil momento que o Brasil se encontra. Na verdade,
não mais está chamando para si o comando em nenhum momento. Dilma vive em
estado letárgico, e de costas para o Brasil de todos, como por exemplo, os
que a recepcionaram no sábado passado no Estádio Mané Garrincha. Sua omissão
escancara os tumores que corroem o Governo Federal: corrupção, letargia e
ineficiência. Para uma criminalidade crescente e abusada, Dilma ausenta-se
ou se posta de forma dúbia. Na verdade, não exige de sua imensa base de
governo posição enérgica e mudanças como na consulta ao povo quanto
eventuais mudanças no Estatuto da Criança e Adolescente, celeridade na
revisão do Código Criminal, reinvenção do sistema prisional, ampliação dos
serviços de inteligência das polícias, reestruturação das corregedorias,
etc. Quanto à economia, Dilma que é economista, mantém uma política que
serviria a Cuba, Venezuela ou Argentina, não ao Brasil. A economia
brasileira já demonstra estagnação, crescimento pífio, inflação crescente. A
política econômica incentiva a desindustrialização e a perda de cadeias
produtivas inteiras. Com uma máquina pública inchada e lenta, faz com que o
Brasil afugente investidores internacionais. Quanto à educação, essa é à
base de nosso futuro e remédio para todos os problemas da civilização.
Diga-me qual foi o grande projeto de educação dos últimos anos? Nenhum
projeto relevante, apenas debates quanto à inclusão e “sexo dos anjos”. O
Brasil precisa de atitudes imediatas. O novo capítulo da novela em que se
transformou o governo federal, ou seja, a “Ausência de atitude da Presidenta
Dilma” sepultará a esperança sincera de 54% dos brasileiros que o aprova. A
síndrome do “não é comigo” desemboca dramaticamente na patologia do cinismo
do governo federal. Não me parece haver dificuldades para que Dilma possa se
posicionar com a energia contagiante que possuía na década de 1970, perante
as grandes dificuldades que enfrentou. Às vezes acredito que a Presidenta
Dilma está só, e omite-se para não se tornar ainda mais. A saga fascinante
da militante de esquerda não será poupada caso continue a se omitir, e a
implacável história esquecerá suas qualidades, para lembrar apenas do ruim
que seu governo viveu. As vaias a Dilma representam a indignação de um povo.