Surpreendentemente e de repente os jovens tomaram as ruas e a massa voltou a
clamar por mudanças no Brasil. Manchetes do mundo inteiro mencionam que o
País foi tomado por um movimento apartidário com muitas lideranças
misturadas, objetivos diferentes, mas tudo se resumindo numa grande
insatisfação principalmente da classe média. A Copa das Confederações foi à
vitrine que a massa precisava. A começar pelas vaias a Dilma na abertura dos
jogos. Donde vem tanta insatisfação? Crimes hediondos todos os dias, nossas
crianças entregues ao narcotráfico, a PEC 37 com o fim do poder de
investigação do Ministério Público, a ausência de um sistema de transporte
público eficiente e acessível, os condenados do “Mensalão” impunes, o
política e a corrupção, a falta de saúde pública de qualidade e um governo
conchavado e omisso. Nossa nação sofre da desestruturação da família, do
sistema educacional longe da realidade e da falta de um projeto de País.
Não há nenhum projeto relevante do governo federal para retomar esses
valores. Nosso País tem governantes vendilhões, sendo que os que podiam
fazer algo se escondem atrás de vantagens econômicas. Chegou a hora de
mudanças, rever valores, trocar de sintonia, criar alternativas. Foram essas
as principais causas das manifestações que tomaram o País. Arruaceiros e
marginais? Não, brasileiros querendo mudanças. É verdade que existem uns
poucos marginais infiltrados. Sempre que o poder dominante se sente
ameaçado trata de calar as massas. Além disso, os governos investiram
secularmente em educação medíocre, reduzindo as possibilidades de
amadurecimento da democracia e alternância do comando. Não podemos reduzir o
clamor das massas somando com o poder dominante sob o pretexto das
manifestações serem arruaças e vandalismo. O Brasil vive a maior crise moral
que se tem notícias. Com 200 milhões de habitantes estamos divididos e
comandados por políticos tiranos e corruptos. Tantos são os ruins, que
parecem desparecer os bons patriotas que lutam e procuram cumprir seu papel.
A começar pela nossa Presidenta Dilma, dona de uma história de lutas, hoje é
controlada pelo projeto de poder que seu partido elaborou. Nasce à esperança
de um futuro melhor, de um País verdadeiramente para todos, onde todos
possam ser felizes e se orgulhar de serem brasileiros. Certamente a política
não será mais a mesma, os brasileiros não serão mais os mesmos, o Brasil
será melhor. Da mesma forma que nos lembramos dos “Caras Pintadas” do início
dos anos de 1990, lembraremos daqui a 20 anos do Movimento Passe Livre e dos
R$ 0,20 que mudaram o Brasil.
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