PENSAR NO RECOMEÇO

Dilma já é uma “ex-presidente”, “renunciou” ao tentar trazer de forma
irresponsável seu chefe, o Lula, para o governo. Já o ex-presidente Lula
foi condenado, ao menos pela grande parte dos brasileiros – verdade que
mais a frente creio que virão as grades. O governo acabou! Já é hora de
pensar na reconstrução da economia do Brasil. Varrer a desgraça criada por
um plano criminoso e mirabolante para auto perpetuação no poder. Não fossem
as instituições democráticas e o povo acordar, nosso destino seria
tenebroso. Absurda a fala de Lula junto a lideres sindicalistas nesse dias.
Pediu que cobrassem dos delegados da PF e do juiz Moro o caos na economia. O
mesmo que culpar policiais pelos traumas de um eventual assassinato
desvendado. Cara de pau! Nem o mais pessimista dos economistas imaginaria
que a deterioração da economia ocorreria de maneira tão rápida e profunda.
Antes chamada de crise, hoje transformou-se na pior recessão em quase cem
anos – depressão, como definiu o banco Goldman Sachs. O desastre foi
cuidadosamente plantado pelo governo. Muito mais do que o reequilíbrio
fiscal para retomar o grau de investimento, pura e simplesmente, a saída da
recessão passa pela recuperação da produção industrial. As mudanças terão de
ser mais amplas e profundas, como por exemplo concessões de estrutura, que
são uma grande oportunidade de o Brasil melhorar a eficiência e voltar a
crescer em ritmo mais elevado. Atrair o capital privado será essencial
sobretudo na realidade atual, quando até mesmo investimentos públicos serão
sacrificados pelo reajuste fiscal. Teremos que exigir uma mudança cultural
do novo governo e do Congresso com parcimônia e equilíbrio em todos
programas assistencialistas. É preciso acabar com a visão equivocada de
querer determinar a taxa de lucro dos investidores. Temos que aumentar a
produtividade, criando um ambiente de negócios previsível para os
empresários. Hoje os investimos estão em 17% do PIB, o que mal dá para repor
a depreciação. Sem a liderança do novo presidente prevalecerá um ambiente de
irresponsabilidade no meio político, em uma mistura de ideologia com
ignorância que gera um coquetel explosivo. A ameaça do País seguir no
crescimento medíocre dos últimos anos pode persistir, e deverá exigir
muito trabalho. Caso corra tudo bem, ainda teremos que conviver por um longo
período com um quadro recessivo.