Olivier Blanchard, que foi, entre 2008 e 2015, economista-chefe do FMI – Fundo Monetário Internacional, em evento em São Paulo, declarou, assertivamente, que “o mundo não está preparado para uma nova crise econômica”. “Novos mecanismos deveriam ser testados já para enfrentar ciclos de desaceleração que, poderão e provavelmente ocorrerão no futuro.
A crise do subprime de 2007/2008, nos USA, Europa e que também, mais de longe, atingiu o Japão, repercute negativamente, ainda hoje, após 9/10 anos, nas três regiões de maior importância para a economia mundial, sem que tenham recuperado plenamente as suas economias. Não fora o excepcional desempenho da China: a segunda maior economia do mundo, a crise poderia ser ainda hoje, mais profunda do que é.
Estou me reportando a essas duas contemplações, para me ater à maior crise econômica, do último século, em nosso País. Maior mesmo que a “grande depressão de 1929, que quebrou milhares de empresas em todo o mundo.
Os propósitos políticos dos governos Lula/Dilma, nos legaram esta profunda crise, que caminha celeremente ceifando empregos em todos os Estados Nacionais e quebrando milhares de empresas.
Luiz Carlos Bresser Pereira, ex-ministro da Fazenda, em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, declarou sua preocupação, que também é nossa, acerca da notícia do IBC – Índice do Banco Central, que indica uma queda do PIB – Produto Interno Bruto, em 2016, de 4,3 %. “Enfatizou que a crise atual é uma crise financeira das empresas. Não é, felizmente, uma crise financeira dos Bancos e nem do Balanço de Pagamentos do País”.
Registrou, ainda, como também já tínhamos registrado anteriormente, que o governo não praticou nenhuma política contracíclica. Apenas tivemos, timidamente, uma redução dos juros básicos, pelo Banco Central.
O crédito bancário, fora o encolhimento em R$ 1 trilhão em 2015/2016, continua encolhendo semanalmente, sem nenhuma ação por parte do Banco Central e, como está caminhando, provocará a quebra e o fechamento de outras milhares de empresas no País e, como conseqüência, de empregos.
Com um pouco de criatividade, o BC pode reverter e corrigir essa grave trajetória da nossa economia.
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é Profº de Economia do UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. – E-mail: messiasmercadante@terra.com.br
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