Os ciclos de nossas vidas e os fatos econômicos e sociais nos países, transcorrem ora como “significantes”, ora como “insignificantes”.
O ano de 2025 começou, com fatos relevantes, como a posse do Presidente Americano, Donald Trump e, como vem ocorrendo todos os anos, o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Do Fórum Econômico Mundial, participam chefes de Estados, Ministros, Presidentes de grandes corporações multinacionais, Presidente do FMI – Fundo Monetário Internacional; da OMC – Organização Mundial do Comércio; Do Banco Mundial e dirigentes da OCDE – Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico, além do Secretário Geral da ONU – Organização das Nações Unidas e muitas outras relevantes autoridades mundiais. Esse importante evento, não é deliberativo, mas, todavia, indica tendência para a evolução das principais questões que envolvem o presente e o futuro para os negócios, para a sustentabilidade do meio ambiente e para a economia mundial.
A participação do Brasil, nesse evento, foi marcada por um baixo nível de representantes do Governo e, de certa forma, não significante.
A posse de Donald Trump impressionou, já no seu início, com a assinatura de decretos, ainda em curso, que poderão provocar mudanças estruturais nas relações comerciais dos Estados Unidos com o resto do mundo, o que comentaremos a seguir: A deportação de milhares de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, provocará problemas nos seus países, que os receberão de volta, desempregados e com demandas sociais, como na saúde, educação e moradias.
Com essas deportações, os Estados Unidos perderão milhares de consumidores, que também pagam impostos e milhares de trabalhadores, que precisarão ser substituídos por americanos. Haverá sim, impactos nos salários; nos preços dos produtos e na inflação.
O incentivo ao incremento da prospecção e produção de petróleo e gás no país, com o objetivo de deter a maior reserva de petróleo do mundo e serem grandes exportadores, provocará instabilidade no preço do barril de petróleo, que já teve queda de preços no mercado internacional e seus efeitos poderão afetar o Oriente Médio; a Rússia; a Venezuela e o Brasil, com significativas perdas de rendas em suas exportações, todavia, entretanto, o Brasil poderá ser beneficiário com a importação de petróleo leve mais barato.
A imposição de tarifas de importações, de 100 %, para automóveis elétricos da China e 25 % para as exportações do Canadá e México, para os americanos, implicará em menos exportações e reflexos negativos nas economias desses países. Já nos Estados Unidos, poderá ocorrer pressões internacionais e também medidas retaliativas desses países, o que pode afetar outros países e o fluxo do comércio mundial.
Registrou ainda o Presidente, que, se os Países participantes do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e Arábia Saudita, adotarem outra moeda em substituição ao dólar em suas transações, os Estados Unidos aplicarão um imposto de 100 % em suas exportações para os Estados Unidos.
Muitas outras medidas foram faladas, mas, ainda, não praticadas e, em princípio, o Brasil não apareceu como um país relevante para os Estados Unidos. Isso, todavia, só o tempo mostrará.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia do Unianchieta, Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresas