Em meio às idas e vindas, dificuldades e oportunidades, a guerra e a busca da paz, a saúde saudável e a epidemia do Covid-19, em meio entre ganhos e perdas, já vencemos nove meses deste ano. Resta-nos, todavia, vencermos o último trimestre e abraçarmos o Natal.
A guerra da Rússia na Ucrânia, já atingiu o período de sete meses, um inimaginável sofrimento foi imposto ao País, onde mais de treze milhões de ucranianos de todas as idades e sexos, se refugiaram em outros países, abandonando os seus bens, empregos, negócios e, o pior dos males, o esfacelamento de suas famílias, muitas sem esperança de reencontros com os seus.
Inúmeras cidades, cuidadosamente edificadas, foram destruídas e a infraestrutura desfigurada.
A morte aconteceu implacavelmente; dos dois países. Não sabemos quantos morreram, mas é previsível um número além de cem mil pessoas, grande parte de crianças, idosos e mulheres.
Essa realidade retrata apenas pequena parte dos horrores dessa guerra neste ano.
As consequências econômicas e sociais, no Ocidente, se evidenciam num quadro de inflação elevada e baixo desempenho econômico, qual seja, o de uma recessão econômica, que pode afetar toda a economia mundial.
A inflação vai se acelerando e desestabilizando a economia global: Venezuela 60,4% para este ano: Argentina 56,5%; Turquia 47,8%, Alemanha 7,0%, Itália 6,8%, Canadá 6,4%, Espanha 6,0%, Estados Unidos, 5,4 %, França 5,1% e o Brasil 4,4%. São projeções da OMC – Organização Mundial de Comércio.
Os efeitos da guerra se estenderam para todo ocidente, com as penalizações impostas pelos países membros da OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte, à Rússia com consequentes prejuízos ao comércio mundial e forte aumento do preço do barril do petróleo no mercado mundial, devido a queda em sua oferta. Ao mesmo tempo, a Rússia impôs um embargo às exportações de grãos pela Ucrânia, que deixou de exportar cerca de quarenta milhões de toneladas, afetando os
preços dos alimentos no mundo, que sofreram aumentos expressivos em seus preços. A energia também subiu consideravelmente.
A persistente epidemia do Covid-19, na China e alguns outros países do Sudeste Asiático, provocou sucessivos lockdowns em importantes cidades chinesas, com elevados índices de atividades econômicas e densidade populacional, provocando queda no comércio internacional.
O que derrubou o crescimento econômico da segunda maior economia do mundo que, segundo projeções do FMI – Fundo Monetário Internacional , o País deve crescer neste ano apenas 2,8%, o menor patamar dos últimos trinta anos.
Quanto ao crescimento mundial, projeções do Banco Mundial, indicam que os Estados Unidos devem crescer cerca de 2,5%; a China, como acima, cerca de 2,8%; a Europa, aproximadamente 1,5%; o Reino Unido, se muito, 1,0%; o Japão, também, 1,00%; o Canadá, de 2,00 a 2,5% e o Brasil, com as atuais projeções de 2,68%, pode crescer 3,00%.
Em nosso País , a economia acertou o passo , pois poderemos fechar o ano, com um superávit primário (total de receitas (-) as despesas, sem contar os juros), de cerca de R$ 30 a R$ 40 bilhões.
Até agosto passado, o País gerou 1.850 milhão de empregos e poderemos chegar ao final de dezembro com um total de 3 milhões de empregos gerados neste ano.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia no Uniancheta, Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.