Aos poucos a economia brasileira vai dando sinais de uma ligeira melhora para o curto prazo. No primeiro semestre passado foram criados (saldo entre empregados menos desempregados) cerca de 400.000 novos postos de trabalho.
O saldo em Transações Correntes do comércio exterior foi de um déficit de 17,0 bilhões, bem inferior à entrada de dólares, na conta de Investimentos Diretos dos Estrangeiros, na casa dos US$ 40,0 bilhões.
O Brasil tem, atualmente, reservas internacionais de US$ 388,1 bilhões e uma dívida externa-pública mais privada de US$ 321,0 bilhões.
Fato relevante é que temos uma inflação projetada para o ano, próxima de 4%. Quanto mais baixa a inflação, menor é o ônus para as camadas de rendas mais baixas e para os desempregados e desalentados.
Os juros básicos da economia – a taxa SELIC, atualmente em 6,5% ao ano, é quase certo que na próxima reunião do COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central, seja reduzida para 6,0% e, até o final do ano, para 5,5%.
Com a liberação de saques nas contas ativas e inativas do FGTS, a partir de setembro próximo, no limite por conta de R$ 500,00, serão injetados na economia cerca de R$ 40,0 bilhões. Com essa iniciativa, será possível projetar um crescimento do PIB – Produto Interno Bruto, de cerca de 1,1% para este ano, equivalente ao crescimento que tivemos em 2017 e 2018.
O ambiente para os negócios caminha, até aqui, a reboque dessas ações, portanto, com tímida melhora.
Duas ações importantes podem, efetivamente, mudar a trajetória da economia brasileira para o médio e longo prazos. A Reforma da Previdência Social, já aprovada pela Câmara dos Deputados, em primeiro turno e que tem um encaminhamento para ser aprovada pelo Congresso Nacional. Ocorrendo, representará a possibilidade de equilíbrio fiscal e estabilidade da Dívida Interna do Setor Público. Aos olhos dos investidores internacionais, é pré-condição para ampliarem seus investimentos no País.
O passo em curso, com estudos avançados, dar-se-á com a Reforma Tributária, com a simplificação tributária; a redução de impostos que penalizam a atividade produtiva e a baixa dos encargos trabalhistas, que prejudicam os empregos.
A atual trilha poderá se transformar numa grande avenida de prosperidade.
MESSIAS MERCADANTE DE CASTRO é professor da UNIANCHIETA e autor do livro “O Gerenciamento da Vida Pessoal, Profissional e Empresarial” – Ed. M. Books-SP e Gestor de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia de Jundiaí. E-mail: messiasmercadante@terra.com.br