Os fatos que vem ocorrendo atualmente na Ucrânia, não podem simplesmente passar com um registro normal em nossas vidas, que seguem em frente, mas, como um triste registro da história para a humanidade, do que não poderia acontecer de forma alguma. A guerra da Rússia na Ucrânia, provocou a destruição de milhares de famílias, não somente pelas trágicas mortes, mas, também, pelo curso forçado que levou cerca de 7,5 milhões de ucranianos, que foram obrigados a deixar para trás o seu País e tudo o mais, para se refugiarem em outros países; pela destruição de seus lares; das escolas; dos hospitais; e de seus negócios, além da desfiguração da infraestrutura do País.
O Princípio do Direito Constitucional e Soberano das Nações foi deixado de lado. Essa guerra não é só do leste europeu, é uma questão global, para a qual, os principais países mais ricos do mundo deverão, o quanto antes possível, encontrar uma solução.
Paripasso, temos um problema mundial da pobreza, que vem se alastrando em proporções geométricas e deixando um rastro caudal de fome; de falta de água potável; de milhares de pessoas vivendo sem coleta e tratamento de esgoto; da falta de casas e abrigos para milhares de famílias espalhadas por todos os hemisférios; que também não tem roupa e agasalho para protegerem seus corpos; não tem acesso aos “meios de saúde” e que não podem estudar os seus familiares.
Segundo a ONU – Organização das Nações Unidas o embargo da Rússia que impede à Ucrânia de exportar milhões de toneladas de trigo, de milho e outros cereais, pode provocar o aumento da fome em 273 milhões de famílias no mundo, principalmente nos países mais pobres, uma insegurança alimentar indesejável.
Aqui no Brasil, temos 33 milhões de pessoas passando fome. Temos ainda 18 milhões de famílias que recebem o “Auxílio Brasil”, de R$ 400,00 por mês, mais 1,5 milhão cadastrados para serem atendidos. Temos também 20 milhões de pessoas entre desempregadas e desamparadas, qual seja, um grande problema social/humanitário, que não é de hoje, pois estamos convivendo com essa triste realidade, há, no mínimo, 30 anos ou um pouco menos.
A grande dificuldade é que o Brasil não tem no horizonte um “plano inicial para solução” desse problema de magnitude prioritária. A gravidade se evidencia quando verificamos, que não tivemos, até aqui, a demonstração de uma “vontade política” para dar o ponta pé inicial em ações e programas para a mitigação gradual desse desajuste tão desumano em nosso país.
Messias Mercadante de Castro é professor de economia no Unianchieta, Membro do Conselho de Administração da DAE S/A e Consultor de Empresa.