ÁGUA, OURO DO SÉCULO XXI

Sabemos que a água é o OURO do século 21 em função da escassez, potabilidade e de sua má distribuição. As grandes cidades possuem represas para abastecimento das populações. Essas represas, naturalmente oferecem quantidades imensas de água onde parte dela evapora com o intenso calor do verão brasileiro.

As mesmas cidades são impermeabilizadas com asfalto que acumula e exala grande calor, possuem também edifícios  envidraçados que refletem e amplificam esse calor, tem pouca concentração de vegetação e em conseqüência  mais calor acumulado e propagado.

A soma de todo calor acumulado numa grande cidade, faz com que a evaporação seja muito grande e rápida. Quando a enorme evaporação encontra condições meteorológicas apropriadas, há autênticos dilúvios que encontram o asfalto impermeável. A água não infiltrando na terra, seguem para rios e córregos  que estão normalmente entupidos por lixo, esgoto e areia.Não conseguindo  transportar a enxurrada e conseqüentemente transbordando,  os rios e córregos  provocam o caos urbano pois suas margens que naturalmente deveriam estar livres para o transbordo – esse é o papel natural da várzea – estão totalmente ocupadas pelo homem com edifícios e vias públicas .

Mais assustador ainda é que a chuva cai torrencial em lugar “errado”, longe da cabeceira dos rios e represas, provocando a falta de abastecimento das mesmas. Outro destino da água nasce com os vazamentos e furtos em tubulações urbanas.

Estima-se que a média mundial de perda de água tratada por esses motivos seja de  35% e no Brasil 30%. Será preciso aplicar leis que já existem e não são cumpridas, disponibilizar financiamentos governamentais  para manutenção das velhas redes públicas e criar um modelo urbanístico que não gere megalópoles, para que o “ouro do século 21” esteja disponível em todos os lares brasileiros.